moças, rapazes,
apaixonei-me por estes versos assim que os conheci. vindos de uma “autora-lady”, que tudo o que escreve é elegante, é bonito, os versos apontam um caminho no qual acredito para se viver bem a vida, pelo menos mais confortavelmente: sabendo-a sempre “dentro” e “agora”.
“dentro”, porque, antes, é bom atentarmos para as nossas aspirações, para o que nos interessa, para a voz que, dentro, nos guia, nos diz quais rumos tomar. é salutar ouvir os ecos que retumbam dentro de nós, para levarmos melhor os passos, ainda que saibamos que os escorregões e tropeços virão como parte natural do caminhar.
“agora”, porque nada além do “presente” existe. o “passado”, feito de paisagens ausentes, existiu porque, um dia, fez-se “presente”. o “futuro”, para que chegue a existir, para que deixe de ser projeção, deixe de ser “ideal” — de ser apenas “do campo das idéias” –, é preciso, primordialmente, deixar de ser “futuro” para tornar-se: “presente”. portanto: viver de olho no agora, neste momento; ser feliz no minuto que escorre, para que se delineiem memórias felizes e surjam futuros memoráveis. sábio este verso de antonio cicero: “os momentos felizes não estão escondidos nem no passado e nem no futuro”. os momentos felizes escondem-se no presente. porque o presente é o único tempo que temos para viver. é preciso desvendá-los, desnudá-los, descobri-los (os momentos felizes) já.
desta forma, acredito que uma vida possa florescer, desabrochar, renascer, durante toda a sua existência. contudo, para que este “desabrochar durante a existência inteira” aconteça, temos que trabalhar. são conquistas, buscas, válidas para todo o caminho enquanto caminho houver.
que as flores nos venham, sempre!
beijo em vocês, pessoas.
o preto.
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(sem título. autora: lya luft. livro: perdas & ganhos. editora: record)
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