pessoas bacanas,
abaixo, uma pérola apresentada pelo grande porto de luz da minha vida, este lindo amigo, farol, poeta, filósofo, compositor, ensaísta, chamado antonio cicero.
junto à jóia, o comentário que enviei ao cicero, pelo seu blog, o “acontecimentos” (www.antoniocicero.blogspot.com), após a leitura.
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cicero,
que maravilha, que riqueza este poema!
clamar o homem, a vida nossa, terrena, sublunar, feita de coisas na terra, de vivências com o pé no chão, no barro. proclamar os seres humanos, estes, barro desta estrela terra que habitamos, constituídos, como tudo aqui, de pó estelar, mas também de carne e líqüidos e fluidos e mucos.
cuidar do astro, levantar o brilho deste astro, deste astro que é o nosso abrigo, tão maltratado, tão descuidado, rolado como lixo numa vala, cercado de sangue e escarro, sitiado de tristezas e descasos, e esquecer um tanto a vida que não é, ou seja, a vida feita de perfeição, de prontidão, de coisas prontas como estátuas prontas de alabastro, como convem(êm) a(os) deus(es), representação(ões) máxima(s) da perfeição tão almejada por certos errados homens.
sim, senhores, todos nós, sempre argila, esta, que é fruto do barro, sempre em construção, sempre possibilidades, sempre vias abertas a experimentações, a mudanças. nunca nada acabado, definido. isto significaria o nosso fim. e eu não o quero.
tudo divino, tudo maravilhoso!
arrebentou mais uma vez, poetósofo de primeira!
beijo e abraço e carinho e cafuné (em todos!).
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Proclamação do barro (Fernando Mendes Vianna)
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