bacanas,
oferendas a vocês.
oferendas a você, lola borges, minha (futura!) comadre benvinda, mulher queridíssima, de uma delicadeza forjada na seda e no algodão, que hoje, por ordenação do destino, tive o grande prazer de encontrar quando caminhava para o trabalho, e a você também, athos luiz, outra pessoa iluminada que sempre ouço com a máxima atenção, homem de sensibilidade ímpar, que encontrei também hoje, depois da lola, ao entrar no ônibus.
(as ordenações do destino… os caminhos lançados pela sorte…)
ofereçam estas prendas, pessoas, a quem/ao que as merecer.
beijo bom em todos!
o preto.
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(poemas extraídos do livro Cecília Meireles — Poesia Completa Volume I, organização: Antonio Carlos Secchin, editora: Nova Fronteira)
Oferenda
A Ti,
Ó sol do último céu,
Por quem sofre
Toda a imensa miséria
Da minha treva…
Poema da fascinação
Vou a Ti
Como quem vai,
Antes e depois da morte,
Para onde lhe ordena o Destino…
Vou a Ti,
Seguindo a luz dos teus olhos,
Subindo por ela,
Caminhando pelo teu olhar
Como por uma escadaria d’astros…
O teu vulto,
Lá em cima,
É um palácio branco, a atrair-me…
Quando chegarei,
Ó Eleito,
Diante de Ti?
Quando descerrarás
As tuas portas de luz,
Para receberes
Os lírios e as rosas odorantes
Que andei colhendo
Para te ofertar?
Não demores, não tardes,
Ó Eleito,
Que eu vou a Ti
Como quem vai,
Antes e depois da Morte,
Para onde lhe ordena o Destino…
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