navegantes,
aqui, dois poemas pelos quais me apaixonei assim que os conheci. e o melhor: tive o prazer de conhecê-los através do próprio poeta dizendo-os pessoalmente e o prazer de saber que, como eu, o vate possui uma espécie de obsessão pelo assunto tratado.
o mar, este avarandado turquesino, esta vastidão que é, em si, o próprio além; pois “além”, depois do mar, sinto muito, mas não há. o “além”, como um rio, deságua em águas marinhas.
o quanto me encanta, aquece, o tanto que me anima a alma esta vastidão líqüida…
alex varella, filósofo e poeta da melhor qualidade, saiba: cada vez mais tem sido uma grande “onda” (rs) descobrir a sua poesia, desvendar as tantas alexandrias que lhe cabem.
(um homem do mar, para o mar, assim como eu.)
benvindos a estas embarcações poéticas, timoneiros! alcem as velas e aproveitem a viagem!
beijo em todos,
paulo sabino / paulinho.
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(extraídos do blog: A cidade sou eu, de Alex Varella)
ALEXANDRIAS (Alex Varella)
O resto é mar
(Tom Jobim)
Mar é um lugar-abraço,
sem espaço,
impossível de mapa.
Mar é sempre o excesso
nunca é o que resta
é sempre o mais
o mais do mar.
Em toda parte é uma Alexandria
(alexandrias… é melhor falar)
o mar é criatório de peixes
mas o mar de Alexandria é criatório de mar.
MAR (Alex Varella)
Mar é o além que há.
Além do mar não há.
O mar canta no modo das coisas varanda,
o além habita seu estar.
Mar é o além que há.
E o mais do mais não há.
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