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às manhãs & aos dias claros,
que, de tão belos, avistados (à primeira vista) da janela do meu quarto de dormir como revelam as fotos acima, revelam (a mim) a sua verdade inconteste:
o nada declarado de luz, o vazio declamado de azul, por sobre nossas cabeças, com sua voz mansa — língua lenta — de silêncio.
(que nos venham muitas manhãs & dias claros e nos cubram da luz das palavras que faltam para descrever o que se apresenta às retinas!)
beijo bom e luminoso em todos!
paulo sabino / paulinho.
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(do livro: A moeda do tempo e outros poemas. autor: Gastão Cruz. editora: Língua Geral.)
A MANHÃ
É assim a manhã, um nome
para o mundo, abrir os olhos como
alguém que fala
Podem o tempo ou a
morte diurna
dar aos olhos abertos o nada das palavras
O sol será então
o silêncio no olhar ou a mão
sobre a testa
que faz descer as pálpebras
como se os dedos dessem à cabeça a verdade
submersa nesse nada
e a manhã viesse
não como a sombra vasta a vestir a voz
do corpo
mas cobri-la da
luz
das palavras que faltam
Que lindas fotos!
“o rio de janeiro continua lindo”…
as paisagens desta cidade são inspiradoras!
beijo, sussú!
Paulinho,
Tudo lindo! Poema maravilhoso!
Abração,
Adriano Nunes.