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benvindos,
a seguir, palavras que me chegaram de além-mar, provindas de terra lusitana, das terras do poeta fernando pessoa.
palavras que muito me alegram & muito me estimulam a continuar o trabalho que desenvolvo com a poesia neste espaço, no “prosa em poema”. palavras que me contentam, palavras que gostaria de dividir com os senhores freqüentadores do local, pelo gosto de coisa boa que elas possuem.
palavras do professor português joão manuel brito sousa:
PAULO, você me encanta pela desordem que utiliza na ordem da sua forma de escrever poesia. Você é Vinicius de Moraes no seu melhor, é Paul Éluard, diria mesmo que a sua poesia ensina-me a viver, coisa que ainda não aprendi, e quando acabar este comentário vou escrever isso mesmo: VIVER, nas cadeiras da sala de jantar, nas janelas do quarto, na estante do escritório, nas costas do carteiro que está a tocar à porta, em todo o lado escreverei, “APRENDA A VIVER COM PAULO SABINO”. Porque este modelo de escrever poesia e de viver ninguém conhece. Só você. Parabéns. Abraço. JBS.
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dormir dormir dormir & acordar num outro mundo, despertar um outro alguém: alguém como paul éluard, o “poeta da liberdade”, alguém como vinicius de moraes, o GRANDE “poetinha” de todos nós, sentimentais do brasil (rs).
dormiria um milênio inteiro, feliz, sem lembrar quem fui, o que fiz.
porém, a vigília, a falta de sono, me permite apenas sonhar por dentro de palavras acesas por dentro, sonhar por dentro de palavras que brilham, que iluminam, que queimam, a página branca sobre a qual estão; a vigília, a insônia, me permite apenas sonhar por dentro de palavras acesas por dentro, palavras que velam, que escondem, que encobrem, esperanças vãs, esperanças sem valor, inúteis, descartáveis, como a brasa que brilha & ilumina & queima, mas que brilha & ilumina & queima dentro de um cinzeiro, sem, portanto, finalidade ou utilidade.
assim, sigo sem sono, acordado por “ela”, atento a “ela”, seguro de que sua finalidade sem fins (lucrativos) é o seu maior ganho, certo de que “ela”, a “poesia”, é a inutilidade (um objeto sem finalidades definidas) mais útil que conheço.
poesia:
sua natureza é selvagem, indomável, natureza que não se pode captar inteira:
brasa, em página branca, que brilha queima ilumina:
a lógica desavergonhada de um animal no cio.
(salve a sua vida na minha!)
beijo todos!
paulo sabino.
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(do livro: Metalíngua. autor: Alexandre Brito. editora: Éblis.)
dormir dormir e dormir
e acordar num outro mundo
sem pressa ou dinheiro
nem políticos
sem mim
eu seria um outro
alguém com a juventude de Iessiênin
a perna esquerda quebrada de Quintana
e a lógica desavergonhada de um animal no cio
quem sabe um poeta bissexto!?
dormiria um milênio inteiro
e acordaria com o grito das pedras.
feliz. sem lembrar quem fui o que fiz
mas que vigília malfadada
me permite apenas sonhar
por dentro de palavras acesas por dentro
a velar esperanças vãs como brasa no cinzeiro
no Metalíngua, estão os poemas linguarudos do Alexandre Brito. vou levar o link para a página do poeta! abração!
Por favor, Sandra querida, leve o link!
Abraço GRANDE!
Um beijo em você & no poeta!