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o mundo possui os seus mistérios embora destes não faça segredos: se se for capacitado a desvendá-lo, a desvendar o mundo, bem; se não, bem também. a questão do desconhecimento do mundo não está no mundo, mas na carência nossa de instrumentação necessária ao conhecimento do mundo, à apreensão das coisas mundanas: todas as coisas ao alcance dos dedos.
o mundo é um: o mundo, e nada mais. o mundo é um: único, ímpar, singular, ele & nada mais.
nada é o que há para além do que há, nada é o que há para além do que se compõe mundo, para além do que se impõe existência.
o mundo é um todo exterior: se o homem não possui olhar capacitado a enxergar, sem a ajuda de aparelhos, os átomos dançando ao vento, isso não é problema do mundo. não é o mundo que esconde os átomos que bailam ao vento: é o homem que não possui a capacidade de enxergá-los a olho nu.
por essa & por outras incapacidades o homem apreende o seu entorno de maneira errante, de modo movediço.
o mundo, assim, à nossa experiência, torna-se um “para dentro” (necessita-se de um aprofundamento no conhecimento de qualquer objeto que se queira bem conhecer) “todo exterior” (o mundo está à mostra, às vistas de quem possa ver o que está às vistas).
o mundo (à nossa experiência): o oculto às claras, fundura em superfície, o mistério sem segredos:
nada é o que há para além do que há, nada é o que há para além do que se compõe mundo, para além do que se impõe existência.
(nada a esconder mesmo que muito por saber…)
o mundo é mistério não porque seja misterioso mas porque não possuímos a capacitação necessária para enxergá-lo na sua totalidade & em suas especificidades.
somos muito muito muito pouco ante a sua grandeza.
(pensem a respeito.)
beijo todos!
paulo sabino.
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(autor: Paulo Sabino.)
UM PARA DENTRO TODO EXTERIOR
nada a esconder
mesmo que
muito por
saber
o mundo
é um
para dentro
todo exterior
nada
é o que há
para além
do que há:
o oculto
às claras
fundura
em superfície
o mistério
sem segredos:
todas as coisas
ao alcance dos dedos
Lindo e inspirador, ‘Amoreco’ querido (e agora com exclusividade.. rsrsrs)!!!….sim, “somos muito pouco ante sua grandeza”… mas, sendo parte constituinte desta grandeza… que, por não reconhecermo-nos enquanto tal, ao mundo e a nós como um todo, seguimos nas brumas deste mistério….. “não porque seja misterioso, mas porque não possuímos a capacitação necessária para enxergá-lo na sua totalidade”…. besos, desde acá, en esta historia, ‘que es una red, y no una via’…
Amorecoooo! E com exclusividade (rs rs rs)!
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