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Mensagem enviada a um dos maiores mestres da poesia brasileira, o professor, tradutor, crítico literário & membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), ANTONIO CARLOS SECCHIN:
Mestre,
um poema que foi retirado da última sentença do meu texto de apresentação à publicação mais recente do Prosa em poema [intitulada “Nada em vão”: https://prosaempoema.wordpress.com/2013/10/08/nada-em-vao/].
Num repente, lendo a tal sentença, percebi que fazendo algumas modificações & adicionando elementos nasceria um poema. E aqui está.
Abraço afetuoso,
Paulo Sabino.
Abaixo, a resposta do mestre:
Muito bom! Excelente “montagem”.
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alheio: a tudo: ao olhar alheio, ao olhar do outro (estrangeiro, forasteiro), que não consegue decifrar o todo que vai em mim: pura ilusão — de óptica:
pois que o “eu”, no seu fundo, um sumidouro (orifício, fenda ou similar, por onde algo desaparece. lugar onde somem muitas coisas).
alheio: a tudo: inclusive ao próprio olhar, ao olhar que tenho de mim: sendo quem sou, em nada me pareço.
(eu mesmo não me re-conheço em tudo & por isso burlo, minto, trapaceio, no jogo de damas que invento em mim.)
beijo todos!
paulo sabino.
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(autor: Paulo Sabino.)
ALHEIO
o que vemos
no outro
é pura
ilusão
de óptica:
sumidouro:
sendo quem sou
em nada me pareço:
sempre estrangeiro
sempre forasteiro
de mim
& do olhar
alheio
Poemas profundos; dignos de reflexão; é o que vou fazer.
Agora, te seguindo posso usufruir do teu pensar.
Estou te seguindo. Aguardo as novidades prometidas.
Meu blog: https://borboletanoespelho.wordpress.com/
Obrigadíssimo pelas palavras, Rosania Bastos!
Espero que o “Prosa em poema” possa sempre te trazer coisas bacanas.
Forte abraço!