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1º Ato:
Vou seguir o chamado: e onde é que vai dar? e onde é que vai dar? Não sei…
Arriscar — seguindo o tal chamado — ser derrotado por mentiras que vão, mentiras que vêm, punir, mentiras que vão, mentiras que vêm, castigar (punir/castigar o fato de eu seguir o chamado & me arriscar na escolha).
Logo eu, arriscar ser derrotado por mentiras que vão, mentiras que vêm, punir, logo eu, um coração cansado de sofrer & de amar até o fim…
(Quer saber? Acho que vou desistir… Nada de seguir o chamado.)
2º Ato:
(Porém,)
Céu abriga o recado: que é pra eu me guardar, que é pra eu esperar: mudanças estão por vir…
O recado celeste: esperar ser proclamado o grande final, o grande final feliz: que tal aquele brinde que faltou? que tal aquele brinde — ao nosso amor —que ficou para trás?
Que tal, então, seguir o chamado, ainda que eu não saiba onde vai dar, ainda que eu me arrisque à derrota por mentiras que vêm & que vão punir?
(Será que teria sido assim, antes, com o grande final, o grande final feliz, se tivéssemos, antes, optado pela espera daquele brinde que faltou?…)
(Quer saber? Acho que vou resistir…)
3º Ato:
Arriscar & amar até o fim.
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beijo todos!
paulo sabino.
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(do encarte do cd: O chamado. artista: Marina Lima. autores: Giovanni Bizzotto / Marina Lima. gravadora: EMI.)
O CHAMADO
Vou seguir
O chamado
E onde é que vai dar, e onde é que vai dar
Não sei
Arriscar ser
Derrotado
Por mentiras que vão, mentiras que vêm
Punir
Um coração cansado de sofrer
E de amar até o fim…
Acho que vou desistir
Céu abriga
O recado
Que é pra eu me guardar, mudanças estão por vir
Esperar ser
Proclamado
O grande final, o grande final feliz
Que tal aquele brinde que faltou?
Será que teria sido assim…
Acho que vou resistir
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(do site: Youtube. áudio extraído do álbum: O chamado. canção: O chamado. artista & intérprete: Marina Lima. autores da canção: Marina Lima / Giovanni Bizzotto. gravadora: EMI.)
Mais do que falar sobre “amor ou paixão”, acredito que a letra expande o seu contexto sobre as diversas decisões e caminhos que temos que tomar na nossa vida. Seremos protagonistas ou vitimas de nossa própria existência? Muitas vezes, o medo e a dúvida do desconhecido fazem com que a gente não siga o caminho (“o chamado”) que nós queremos, que não lutemos por aquilo que acreditamos. Isso fica bem explicito no verso: “Vou seguir o chamado / aonde é que vai dar? / não sei…”. Mas temos medo de seguir aquilo que nós queremos (arriscar ser derrotado / por mentiras que vão, que vem punir).
E com o medo de escolher aquela decisão, preferimos não seguir aquele caminho (“Um coração cansado de sofrer e de amar até o fim / acho que vou desistir”).
E continuamos a esperar que as coisas mudem, apesar de não seguirmos aquele chamado (“Céu abriga o recado / que é pra eu me guardar / mudanças estão por vir”), esperamos que as mudanças caiam do céu (“esperar ser proclamado / o grande final feliz”), que iriamos comemorar (“que tal aquele brinde que faltou?”), mas por não seguirmos o chamado, pela dúvida do “final feliz”, preferimos não ariscar (“será que teria sido assim? / acho que vou resistir”).
Enfim, é só uma interpretação da letra, que possui um sentido maior para mim.
Seu blog é 10!
Luan,
E tudo o que você escreveu é lindo, super dentro, assertivo.
E a magia da poesia reside nisso, os olhares são complementares, enriquecem, trazem outras tantas possibilidades.
Adorei as suas palavras, Luan!
Espero que você continue a vir na página.
Forte abraço!