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Extremamente belo e melodioso, querido Paulo Sabino!
(Antonio Carlos Secchin — poeta, professor, tradutor, crítico literário & membro da Academia Brasileira de Letras)
Parabéns, querido! Belo poema! Bjs, ACicero.
(Antonio Cicero — poeta, letrista, filósofo & ensaísta)
O poema está bem bom: empertigado, direto, veloz, com muito estilo. Com o aplauso do Armando.
(Armando Freitas Filho — poeta & pesquisador)
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a rota, a trilha , a direção, a ser tomada:
invente o vento que te venta. crie, elabore, descubra, arquitete, trame, fantasie, o vento que te venta, o vento que te impulsiona, o vento que te leva à frente, na rota, na trilha, na direção, o vento que vente “in”, isto é, o vento que vente “dentro”, o vento que ventile por dentro o ser, o vento que “in” vente, o vento que “dentro” vente, a fim de que a rota, a trilha, a direção, esteja de acordo com os anseios & desejos & sonhos que sopram do navegante.
invente o vento que te venta, que te leva, vela, o vento que vela te leva (“vela” & “leva” são palavras formadas pelas mesmas letras), o vento que te leva como leva a vela, a peça dos barcos que permite o avançar da embarcação, que te leva rumo após o muro (“rumo” & “muro” são palavras formadas pelas mesmas letras), pois só mesmo o rumo para desfazer & destruir o muro, só mesmo o rumo para, diante do muro que embarreira, abrir passagem, abrir caminho, abrir estrada, estrada tratada a “foi-se”, estrada tratada de maneira a deixar, para trás, tudo o que passou, tudo o que ficou para trás, tudo o que se foi, e também estrada tratada a “foice” porque estrada revelada no próprio caminhar, com o esforço & a vontade do navegante, e fortuna furtada a “sim”, destino, sorte, acaso, roubado — para o bem viver — pela coragem de dizer “sim” à estrada, pela coragem de dizer “sim” às vivências que se dão durante a viagem, fortuna, portanto, furtada assim, destino roubado — traçado na marra — deste modo.
estrada tratada a “foi-se” (“estrada” & “tratada” são palavras formadas pelas mesmas letras), estrada tratada de maneira a deixar, para trás, tudo o que ficou para trás, estrada tratada de forma a cuidar do que seja tempo presente, fortuna furtada a “sim”, destino roubado pela coragem de dizer “sim” à estrada, fortuna furtada assim, deste jeito: cio que te cismo em mim (o apetite, o desejo de vida que percebo em mim, navegante voraz), coito que te canto afim (o prazer, a satisfação, o gozo de cantar, na vida, tudo o que prezo em prol do bem viver), coice que te quero espadachim (a arte, a capacidade, a perícia de transformar os atropelos da vida em força para seguir & batalhar), cacto que te cato jasmim (a arte, a capacidade, a perícia de transformar os espinhos que colhemos, na vida, em flores aromáticas, que embelezem a estrada): invento.
cio que te cismo em mim, coito que te canto afim, coice que te quero espadachim, cacto que te cato jasmim: invento, crio, elaboro, descubro, arquiteto, tramo, fantasio, o vento que me venta, e deixo que o vento “in” vente, deixo que o vento vente “dentro”, deixo que o vento ventile por dentro o ser, a fim de que a rota, a trilha, a direção, esteja de acordo com os anseios & desejos & sonhos que sopram de mim, navegante voraz.
em vento, invento sempre.
beijo todos!
paulo sabino.
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(autor: Paulo Sabino.)
ROTA
in
vente
o vento
que te
venta
que te
leva
vela
rumo
após o
muro
estrada
tratada
a foi-se
fortuna
furtada
a sim:
cio
que te
cismo
em mim
coito
que te
canto
afim
coice
que te
quero
espadachim
cacto
que te
cato
jasmim:
in
vento
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