MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES — 80 ANOS
10 de janeiro de 2017

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(Na foto, o prédio do Museu Nacional de Belas Artes, localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro.)

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Que barato, que honra!

O poeta, curador & intelectual CARLOS DIMURO, integrante da cúpula da instituição, por sugestão do poeta & amigo SALGADO MARANHÃO, me convidou para ser o mestre de cerimônia do evento em comemoração aos 80 ANOS do MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES(!), na sexta próxima (13/01).

Na comemoração, o ministro da Cultura, o atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, empresários, classe artística, os responsáveis pela administração do museu, entre outros, todos ouvindo o Paulo Sabino falar; imensas alegria & satisfação.

Bom começar o ano com esse convite, trabalhando, e abrindo frentes a partir desse acontecimento.

Por conta, um poema de minha autoria, leve, simples, desejando o que desejo para este 2017 que inicia.

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(autor: Paulo Sabino.)

 

 

NA TRILHA DO MEU MOMENTO

 

que este dia lindo
seja um dia bem vindo
(cheio de
acontecimentos
vazios de
aborrecimentos)
na trilha do
meu momento

LANÇAMENTO DO LIVRO “ÓPERA DE NÃOS”, DO POETA SALGADO MARANHÃO — O EVENTO (FOTOS & VÍDEOS)
10 de março de 2016

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(Paulo Sabino)

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(O poeta Carlos Dimuro & a atriz & cantora Zezé Motta)

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(A atriz Nathalia Timberg & o poeta & letrista Salgado Maranhão)
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“Querido Poeta Paulo Sabino, você é o tipo de pessoa que sempre leva brilho aonde vai. Pelo seu talento e simpatia, pela sua enorme generosidade no primado do afeto. Super obrigado, irmão!”

(Salgado Maranhão — poeta & letrista)

 

 

Queridos,

Segunda-feira (07/03), mais uma noite de esplendor, onde a Poesia reinou absoluta:

Lançamento do “Ópera de nãos”, o mais recente livro de poemas do sofisticado poeta & letrista Salgado Maranhão, com direito a um recital “litero-musical” & as participações, entre outros, das grandes atrizes Nathalia Timberg & Zezé Motta, do músico Zé Américo Bastos, dos poetas (e grandes amigos) Cristiano Menezes & Luis Turiba & deste que vos escreve.

Algumas canções do poeta foram tocadas & cantadas & alguns dos seus poemas foram ditos pelos convidados do grande anfitrião da noite.

Muito me honrou ter dito, a pedido do Salgado, um mesmo poema que a grande diva da dramaturgia Nathalia Timberg também disse, um poema do poeta Carlos Dimuro (organizador de todo o evento) em homenagem ao Salgado Maranhão, e recebido um super elogio da atriz, pelo meu modo de utilizar a palavra, e do próprio autor do poema, Carlos Dimuro, que me disse que eu fui a pessoa que até hoje melhor disse o seu poema intitulado “Um rio salgado”.

Alegria & satisfação imensas.

Eu disse um total de quatro poemas: três poemas do “Ópera de nãos” (“Lacre 10”, “Lacre 11” & “Clivagem”) & um poema do Carlos Dimuro (“Um rio salgado”).

Amigos novos, projetos novos, trabalhos todos muito bonitos estão por vir — em breve vocês tomarão conhecimento do que se tratam esses trabalhos.

O que tenho hoje a fazer é, mais uma vez, agradecer à Poesia, Musa Maior da minha existência, tudo de maravilhoso que me tem acontecido.

Agradecer ao Salgado Maranhão a confiança, o respeito & o carinho em mim depositados. Agradecer ao poeta & organizador da noite Carlos Dimuro os tantos elogios que ouvi entre encabulado & orgulhoso. Agradecer às atrizes Nathalia Timberg & Zezé Motta as lindas palavras & o olhar doce que me lançaram durante todo o evento. Agradecer à presença de vários grandes amigos que ajudaram a encher o salão do Hotel Golden Tulip Regente, em Copacabana, onde aconteceu o evento. Agradecer à Vida a oportunidade de vivenciar esses momentos que me são tão caros.

Muita coisa bacana por vir, muita coisa bonita a realizar. Cabeça & coração a mil.

Valeu!

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do site: Youtube. lançamento do livro “Ópera de nãos”, do poeta Salgado Maranhão. Paulo Sabino recita “Um rio salgado”, do poeta Carlos Dimuro. data: 07/03/2016.)


UM RIO SALGADO  (Carlos Dimuro)

Para Salgado Maranhão

 

Apesar de navegar sereias,
não é doce
o rio que corta
o teu poema.

Sabem-se salgados
os escombros que se escondem
sob as escamas da tua escrita.
E o que em ti é peixe,
se debate em guelras e guerras
numa incansável
respiração boca a boca
com a palavra.

A salinidade ancestral
de tuas águas,
refinada pelos deuses,
tempera o profano:
o sagrado no salgado.

No rio que segue
o curso líquido dos mistérios
da linguagem,
um cardume de versos
anuncia o mar.
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(do site: Youtube. lançamento do livro “Ópera de nãos”, do poeta Salgado Maranhão. Paulo Sabino recita “Lacre 10”, do poeta Salgado Maranhão. data: 07/03/2016.)

 

LACRE 10  (Salgado Maranhão)

Sou um ladrão de luas,
um salteador de azuis.

Exibo essas credenciais
inúteis
a todos que me interpelam.

Aos fuzileiros,
…………………..aos sacerdotes,
aos mentecaptos;

sem que nada altere
o arrulhar do vento
e o coice do mar.

Sem donatário ou domínios.
Insisto em reger esta ópera
de nãos.

Se sangue há em mim,
é nas veias,
………………não nas mãos.
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(do site: Youtube. lançamento do livro “Ópera de nãos”, do poeta Salgado Maranhão. Paulo Sabino recita “Clivagem”, do poeta Salgado Maranhão. data: 07/03/2016.)

 

CLIVAGEM  (Salgado Maranhão)

Canto para renascer
na pedra
com a semente que o mar
roubou dos náufragos; canto
para repartir com a brisa
a lúdica sesmaria da palavra.

Um atlas abriu seus galhos
para acolher meus reinos:
uma geometria de farrapos;
um tigre com o sol entre as patas.

E sigo esse rio de letras
como se chão em chamas:
a poesia me despiu
para explodir com os astros.

LANÇAMENTO DO LIVRO “ÓPERA DE NÃOS”, DO POETA SALGADO MARANHÃO — SARAU “LITERO-MUSICAL”
4 de março de 2016

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(O convite para o lançamento — clique com o mouse na foto para ampliá-la)

Salgado Maranhão

(O poeta Salgado Maranhão)

Zezé Motta

(A atriz & cantora Zezé Motta)

Nathalia Timberg

(A atriz Nathalia Timberg)

Egberto Gismonti

(O violonista & compositor Egberto Gismonti)

Paulo Sabino Cabelo Curto

(O poeta Paulo Sabino)
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Um convite a todos:

Na próxima segunda-feira, dia 7 de março (07/03), a partir das 19h30, no Hotel Golden Tulip Regente (Av. Atlântica, 3716, Copacabana), o lançamento do livro “Ópera de nãos”, do sofisticado poeta & letrista Salgado Maranhão, com um grande sarau “litero-musical” & as participações, entre outros, das atrizes Zezé Motta & Nathalia Timberg & dos músicos instrumentistas Egberto Gismonti & Zé Américo Bastos.

Paulo Sabino, este que vos escreve, foi convidado pelo poeta Salgado Maranhão a participar do sarau, lendo alguns poemas do livro & prestando uma homenagem ao poeta Carlos Dimuro, curador das exposições que também fazem parte do evento.

(Maiores informações no convite para o lançamento, postado como a primeira foto desta publicação.)

Aos interessados, um dos poemas que lerei no referido acontecimento.

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do livro: Ópera de nãos. autor: Salgado Maranhão. editora: 7Letras.)

 

 

14. CLIVAGEM

 

Canto para renascer
na pedra
com a semente que o mar
roubou dos náufragos; canto
para repartir com a brisa
a lúdica sesmaria da palavra.

Um atlas abriu seus galhos
para acolher meus reinos:
uma geometria de farrapos;
um tigre com o sol entre as patas.

E sigo esse rio de letras
como se chão em chamas:
a poesia me despiu
para explodir com os astros.

OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES: OS VÍDEOS II
18 de agosto de 2015

Paulo Sabino

(Paulo Sabino.)

Salgado Maranhão e Alexis Levitin

(Salgado Maranhão & Alexis Livitin.)

Adriano Espínola

(Adriano Espínola.)
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Aos interessados, mais alguns vídeos de algumas leituras realizadas durante o projeto “Ocupação Poética”, no teatro Cândido Mendes, em Ipanema (Rio de Janeiro), ocorrido nos dias 31/07, 01/08 & 02/08.

Abaixo, este que vos escreve na companhia dos mestres Salgado Maranhão & Adriano Espínola, participantes do segundo dia do evento (01/08).

Divirtam-se!

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do site: Youtube. projeto: Ocupação Poética — Teatro Cândido Mendes. local: Rio de Janeiro. data: 01/08/2015. Paulo Sabino recita Um rio salgado, poema de Carlos Dimuro.)

 

UM RIO SALGADO  (Carlos Dimuro)

Para Salgado Maranhão

 

Apesar de navegar sereias,
não é doce
o rio que corta
o teu poema.

Sabem-se salgados
os escombros que se escondem
sob as escamas da tua escrita.
E o que em ti é peixe,
se debate em guelras e guerras
numa incansável
respiração boca a boca
com a palavra.

A salinidade ancestral
de tuas águas,
refinada pelos deuses,
tempera o profano:
o sagrado no salgado.

No rio que segue
o curso líquido dos mistérios
da linguagem,
um cardume de versos
anuncia o mar.
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(do site: Youtube. projeto: Ocupação Poética — Teatro Cândido Mendes. local: Rio de Janeiro. data: 01/08/2015. Salgado Maranhão recita Aboio, poema de sua autoria.)

 

ABOIO  (Salgado Maranhão)

 

Quem olha na minha cara
já sabe de onde eu vim
pela moldura do rosto
e a pele de amendoim
só não conhece os verões
que eu trago dentro de mim.

A vida desde pequeno
sempre cavei no meu chão
da raiz da planta ao fruto
fazendo calos na mão
eu aprendi matemática
descaroçando algodão.

Carcarás, aboios, lendas,
são minha história e destino
tudo que a vida me deu
é tudo que agora ensino
na quebrada do tambor
eu sou velho e sou menino.
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(do site: Youtube. projeto: Ocupação Poética — Teatro Cândido Mendes. local: Rio de Janeiro. data: 01/08/2015. Salgado Maranhão recita Amorágio II, poema de sua autoria.)

 

AMORÁGIO II  (Salgado Maranhão)

 

Fogo que desata os novelos da vontade. Ignora
o bem, desdenha da verdade. Ponte aérea do
………………………………………………..[Éden
à insanidade. Dança para um circo de anjos
embriagados onde, leão, é também o domador.
Que depois de alçar o trono do esplendor
………………………………………………..[entrega
a própria pele ao caçador.
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(do site: Youtube. projeto: Ocupação Poética — Teatro Cândido Mendes. local: Rio de Janeiro. data: 01/08/2015. Adriano Espínola recita Os poetas, poema do romeno Lucian Blaga, tradução de Luciano Maia.)

 

OS POETAS (Lucian Blaga / Tradução: Luciano Maia)

 

Não se espantem. Os poetas, todos os poetas são
um único, indiviso, ininterrupto povo.
Falando, são mudos. Pelas eras em que nascem
…………………………………….e morrem,
cantando, estão a serviço de uma fala perdida
…………………………………….há muito.

Profundamente, através de povos que surgem
…………………………………….e desaparecem,
pelo caminho do coração eles sempre vêm e passam.
Por som e palavra eles se separam e competem entre si.
São semelhantes pelo que não dizem.
Eles calam como o orvalho. Como o sêmen. Como
…………………………………….uma saudade.
Como as águas eles silenciam, caminhando sob
…………………………………….a seara,
e deplois sob o canto dos rouxinóis,
fonte se fazem na clareira, fonte sonora.
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(do site: Youtube. projeto: Ocupação Poética — Teatro Cândido Mendes. local: Rio de Janeiro. data: 01/08/2015. Adriano Espínola recita Praia, poema de sua autoria.)

 

PRAIA  (Adriano Espínola)

 

Se tu queres amar,
procura logo o mar.
Ali enlaça o corpo
salgado noutro corpo.

No azul esquecimento
das águas, vai sedento
beber a luz da carne,
o gozo a pino e a tarde.

Tenta imitar a teia
das ondas e marés.
Dança na branca areia.
Outro será quem és.