QUARENTA CONTENTE CANTANTE
26 de maio de 2015

Quarenta Contente Cantante_Capa de Gal Oppido

(A capa do mais novo livro do poeta & tradutor Adriano Nunes, criação do artista plástico Gal Oppido.)
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O novo livro de Adriano Nunes mantém o alto nível de qualidade dos anteriores.

(Antonio Carlos Secchin — poeta, professor & membro da Academia Brasileira de Letras)

Ultimamente, de vez em quando me pego repetindo o verso de Brecht: “é verdade, vivo em tempos sombrios”. E enquanto sonhamos com tempos melhores, é sempre uma alegria mergulhar num livro de poemas de um poeta que realmente ama e cultua a poesia commeilfaut. Por isso digo a plenos pulmões: Salve Quarenta Contente Cantante! Salve Adriano Nunes!

(Antonio Cicero — poeta, letrista & filósofo)

Adriano Nunes, um artífice da poesia. Não digo que seja vertiginosa a arte poética de Adriano Nunes, apesar “Das vertigens do amor que me consolam”, título do primeiro poema do seu novo livro, “Quarenta Contente Cantante”. Digo antes que o poeta mede, pesa, sopesa bem as palavras, usa com esmero e rigor diversos e ricos instrumentos da linguagem, para nos oferecer poemas de elevado apuro estético, poético e até, nalguns casos, ouso afirmar, ético. Para uma leitura mais iluminadora, deixo que outros, profundos conhecedores da obra do poeta, e do ofício da poesia, nos indiquem os seus caminhos. A mim fica-me o prazer e honra de ter sido chamado a emitir uma sucinta opinião sobre este seu novo e belo livro de poemas.

Vila Nova de Gaia, Portugal, Maio de 2015.

(Domingos da Mota — poeta & filósofo)

Numa redoma antibárbara do mundo virtual, no meio da mais torpe barbárie, costumo encontrar Adriano, o poeta de báratros e empíreos, o estudioso incansável, o tradutor aceso, o curioso infindo, laboratorista de acasos.

Muito me orgulha sempre que me diz que adoraria ter tido a chance de ser meu aluno. E mais: vivendo nós dois na casa da poesia-amizade, ele diz generoso: “No fundo, creio na humanidade. Por isso escrevo”. Ai de nós se não crêssemos ou se pararmos de crer, lhe digo. Ou melhor: ai do mundo se Adriano Nunes parar de crer.

(Roberto Bozzetti — poeta & professor)
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o primeiro prefácio a gente nunca esquece!

como sabido, o que, até então, eu escrevi para livros de poesia foram releases, que são textos de apresentação de uma obra endereçados à imprensa. texto meu, para integrar a apresentação de um livro dentro do livro, até então eu não havia feito.

até então.

aos senhores, o prefácio que escrevi para o mais novo livro de poesia do poeta & tradutor alagoano, além de querido amigo, adriano nunes, intitulado quarenta contente cantante, a ser lançado pela editora vidráguas, comandada pela querida amiga & professora carmen silvia presotto, na sede da editora da universidade federal de alagoas (Edufal), a partir das 16h, no dia em que o poeta vencerá as suas quarenta primaveras, 28 de maio.

o livro conta, ainda, com orelhas do poeta & professor roberto bozzetti & textos da contracapa do poeta, professor & membro da abl antonio carlos secchin, do poeta & filósofo antonio cicero, e do poeta português domingos da mota.

eu só tenho a agradecer o convite duplo, vindo tanto da carmen como do adriano, para que eu fizesse o texto de apresentação. satisfação imensa.

espero que as minhas linhas despertem o interesse dos senhores da mesma forma que quarenta contente cantante me interessou & comoveu.

beijo todos!
paulo sabino.
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(prefácio do livro: Quarenta contente cantante. autor do prefácio: Paulo Sabino. editora: Vidráguas.)

 

 

Há sempre algo de nós que nos escapa, que nos foge, que nos falta, algo que não conseguimos traduzir exatamente, algo em nós que se deixa entre enigmas & erros. Somos, além do que nos sobra, o que também nos falta. O que nos falta constitui-nos na exata medida do imponderável, do indizível, da possibilidade de. E é assim que o poeta se dá a desejos.

O nada acaba por ser indefinível porque ele pode, na justa medida, tudo. Ao que tudo pode, nada cabe, a indefinição é o que define, o que delimita. É a partir do nada que tudo pode acontecer.

A poesia é a possibilidade de tudo por comprometer-se a nada. Em poesia, tudo pode, tudo cabe, porque nada lhe é impossível.

Neste seu terceiro livro de poesia, Quarenta Contente Cantante, 40 poemas comemorando os seus 40 anos, Adriano Nunes nos brinda com a sua alegria de ser poeta, de cantar a poesia, e com o seu contentamento de fomentar versos & rimas & ritmos, mostrando-nos, assim, as suas tantas possibilidades no ofício: ora com formas fixas clássicas, ora com formas livres, ora com versos brancos, ora com versos livres, os quarenta poemas se dão ao longo do livro tratando de assuntos os mais variados, mas tendo a alegria de ser um cantante como a grande tônica da obra.

Há tristeza & melancolia no olhar do poeta, mas o poeta, da tristeza & melancolia vividas, salva-se nos braços da poesia, salva-se lançando-se aos seus desejos métricos, salva-se lançando-se à arte de arquitetar versos, salva-se lançando-se à música de Pã, salva-se lançando-se às vertigens do amor que o consolam. A poesia, assim, mostra-se como a sua grande amada, a sua musa maior.

O livro é uma aposta no amor (no sentido amplo do sentimento), apesar dos tantos dissabores que o amor acarreta. Apesar das coisas, muitas vezes, não saírem como se deseja, tudo renasce de tudo, ou seja, coisas boas renascem também de coisas insatisfeitas, de coisas inesperadas & indesejadas, e vice-versa. O coração do poeta diz “para”, por tanto sentir, por tanto amar, por tanto doer, por tanto doar, mas, ao invés de parar, o coração alcança o oposto, e dispara: a constatação de que arquitetou, construiu, ergueu, sua vida em versos, e que foi justamente assim que encontrou a felicidade, a alegria, o bem-estar, porque com poesia o seu nó existencial, o seu embaraço de vida, é desatado, é desfeito. Os ardis das sinapses no exercício poético excitam, trazem prazer & gozo. Mesmo as dores de amor, por mais doridas, por vezes se tornam prazerosas porque acabam em versos & rimas & ritmos.

O amor à poesia que o poeta tem exige sempre que se erga um poema/monumento à beleza, porque tudo que o poeta arquiteta, arquiteta, sobretudo, em prol única & exclusivamente da arte poética, ainda que seus sentimentos, os expostos em versos, lhe sejam esdrúxulos & paradoxais.

Na criação poética, toda a atenção às musas: eus a pino, todos os poetas que existem em Adriano Nunes estão a postos, a fim de auscultar o amor, sentimento o mais nobre, capaz de proporcionar inícios sempre. É justamente imerso em si que o poeta vê o verso vingar, vê o verso firmar & fincar. No entanto, alerta: por maior o cuidado & a atenção ao dizer o seu amor em versos, o poeta depara-se com a imensidão do seu sentimento, que, por imenso, não cabe em versos, ou ainda, os versos não conseguem mensurar eficazmente o amor que o poeta sente por aquilo que ama. O poema não diz o tanto do quanto ama o poeta, mas é a arte poética que lhe dá a mão a caminho das máximas realização & felicidade.

Na busca & afirmação da sua poética, Adriano Nunes abre espaço ao seu conhecimento & profunda intimidade com a literatura clássica grega. Por toda a obra, não faltam referências a mitos & histórias da Grécia Antiga. No poema Por beleza, por amor, a história da tomada de Troia a partir do olhar de Páris, príncipe troiano responsável pela destruição da cidade, por optar viver o seu amor por Helena de Esparta, considerada a mais bela das mulheres, casada com o rei Menelau. Páris seduziu Helena, que não resistiu ao seu encanto & à sua beleza & abandonou Esparta, fugindo para Troia. Pelo seu ato de amor, Páris levou sua cidade ao fogo & às flechas. Dá-se, assim, o início da célebre guerra entre gregos & troianos. Em Tolo Proteu, o poeta transmuta-se, transforma-se, em outros, quando pensa, quando sonha, quando sente, ser o grande desejo do seu objeto de desejo. Adriano Nunes transmuta-se, transforma-se, em outros, como Proteu, deus do mar, que possuía o dom da metamorfose, podendo converter-se em tudo o que desejasse: não apenas em animal, mas até em elemento como a água ou o fogo. No poema As moiras, são trazidas aos versos as três irmãs que são a personificação do destino de cada homem na Terra (Átropo, Cloto & Láquesis), responsáveis pelo tempo de vida de cada mortal, que controlavam com a ajuda de um fio que a primeira fiava (Átropo), a segunda enrolava (Cloto) & a terceira cortava (Láquesis) quando decretado o fim da vida. As voltas & surpresas do destino: quando tudo parece alguma coisa constante, alguma coisa estável, tudo pode estar por um fio, por uma linha tênue, tudo pode estar prestes a mudanças inimagináveis – Átropo, Cloto & Láquesis levam o lábil laço.

Também integrando Quarenta Contente Cantante, o primeiro poema – publicado em livro – em língua estrangeira, Poesía! Poesía, uma verdadeira ode, na língua espanhola, a todos os nomes que a arte poética pode receber & a todos os encantos que ela pode despertar.

Adriano Nunes promete, a quem lhe lança o olhar, o gozo do amor & dos versos: o ar com toda cor & nuvens, o áureo arcabouço dos sonhos. E outros tesouros. Pede o olhar do outro para que o seu olhar seja um olhar composto: o amor proposto & entreposto nas lentes do criador & nas lentes do seu leitor, a quem o poeta deseja satisfazer tanto quanto se satisfaz quando elabora suas façanhas de palavras & versos.

Do que resta de tudo que teve o seu astuto fim, interessa a Adriano Nunes resgatar justamente o que lhe é irresistível sempre: a poesia, que ele sabe sentir mais & melhor do que ninguém, as begônias & os bem-te-vis que compõem o seu universo pessoal & lírico, e o vinho bom que ganhou de Dionísio, deus também da inspiração, inspiração que não falta à obra.

Quarenta Contente Cantante é mais um passo à frente na trajetória deste poeta que só faz afirmar-se como uma das grandes & gratas revelações da poesia brasileira contemporânea. Um brinde aos seus quarenta anos contentes! Um brinde aos seus quarenta poemas cantantes!

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(do livro: Quarenta contente cantante. autor: Adriano Nunes. editora: Vidráguas.)

 

 

POR BELEZA, POR AMOR

 

Era apenas uma tarde.
Troia ainda não ardia
Em chamas. Mas algo forte
Meu coração alcançou.
Eu, Páris, filho do rei,
Içado ao infinito vi-me.
Disseram-me ser sim deuses,
Esses que me ergueram à
Função de juiz de lide.
Era apenas uma tarde.
Logo eu, o irmão de Heitor,
Minha cidade entreguei,
Sem saber, ao fogo e às flechas,
Por beleza, por amor.

 

 

AS MOIRAS

 

Quando tudo
Bem parece logo
Quando tudo
Bem parece leme
Quando tudo
Bem parece largo
Quando tudo
Bem parece livre
Quando tudo
Bem parece longo
Quando tudo
Bem parece lindo
Quando tudo
Bem parece louco
Quando tudo
Bem parece leve
Quando tudo

Láquesis, Cloto à Átropos
Levam o lábil laço.

POR QUE LER POESIA?
31 de março de 2015

Prateleiras_Paulo Sabino

(Algumas das prateleiras do Paulo Sabino.)

Paulo Sabino_Sarau_Por que ler poesia

(Paulo Sabino responde a pergunta solicitada.)
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“Meu caro, muito obrigado. Me sinto lisonjeado. Bela fala e belo blog. Um fraterno abraço desde longe”.  (Márcio-André)

 

a convite da minha querida amiga, e poeta, e professora, e diretora-fundadora do selo vidráguas, carmen silvia presotto, participei, no dia 12 de março, de um sarau de poesia realizado na livraria sabor literário (rio de janeiro), respondendo a pergunta:

“por que ler poesia?”

a carmen, há algum tempo, me fez essa pergunta & agora tive a oportunidade de respondê-la na presença de um público querido & interessado no assunto.

para minha grata surpresa, a idealizadora do sarau literário me enviou o vídeo que segue aos senhores, logo abaixo, vídeo de 6 minutinhos, com trechos editados da minha “fala/resposta”. é um vídeo caseiro, mas nota-se um cuidado, está bem tratado.

como base ao que foi dito, dois textos primordiais: um, chamado “notas de um antologista”, do mestre eucanaã ferraz, onde o poeta enfatiza a potencialidade dos versos justamente por trabalharem com o deslocamento da linguagem em todos os níveis & sentidos; o outro, intitulado “a origem da poesia”, do jovem & talentoso poeta márcio-andré, onde ele afirma que a origem da poesia em nada difere da origem do homem, uma vez que, sem poesia, não há sequer a possibilidade do humano.

(ambos os textos publicados neste espaço, no “prosa em poema”.)

a quem interessar possa.

salve a poesia!
salve a sua existência nas nossas!

beijo todos!
paulo sabino.
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(do site: Youtube. evento: Esparramando poesia — Vidráguas. local: livraria Sabor Literário. 12/03/2015. idealizadora: Carmen Silvia Presotto. Paulo Sabino responde a pergunta: por que ler poesia?)

LANÇAMENTO DO LIVRO “ANTÍPODAS TROPICAIS”, DE ADRIANO NUNES
20 de maio de 2014

Antípodas Tropicais_Adriano Nunes_Convite

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prezados,

acima, o convite para o lançamento do mais novo rebento do poeta que, desde sempre, desde que conheci a sua poesia (e tornamo-nos amigos ao mesmo tempo), considero o mais importante da minha geração, da geração que começa a despontar na poesia: o meu queridíssimo & amado poeta das alagoas, adriano nunes!

no mês de aniversário do poeta, quem ganha o presente somos nós, leitores de poesia!

adriano nunes lança o seu mais novo livro, intitulado “antípodas tropicais“, pela editora vidráguas, comandada pela querida poeta & mestra carmen silvia presotto, no dia 28 de maio, às 11h, na editora & livraria Edufal, localizada no campus da universidade federal de alagoas, em maceió.

antípodas tropicais” conta com capa do artista plástico gal oppido, prefácio do professor & poeta alberto lins caldas, orelhas do poeta gaúcho & integrante da banda “os poETs” ricardo silvestrin, e textos críticos do poeta, filósofo & letrista antonio cicero, do professor, crítico literário, poeta & membro da academia brasileira de letras (abl) antonio carlos secchin, e do poeta & compositor arnaldo antunes.

abaixo, trechos dos textos escritos pelos poetas acima citados & vídeo com o poeta & compositor arnaldo antunes recitando um poema do livro “antípodas tropicais“, de adriano nunes.

a poesia agradece a chegada de “antípodas tropicais” & eu saúdo a chegada de adriano nunes, o meu poeta das alagoas, na minha vida & na literatura brasileira!

aos interessados em comprar o livro “antípodas tropicais“, entrar em contato com a carmen silvia presotto pelo site vidráguas (http://vidraguas.com.br/wordpress/).

beijo todos!
paulo sabino.
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“Ao ler, em Antípodas tropicais, poemas em que admiravelmente convivem espontaneidade e virtuosismo, invenção e técnica, ousadia e erudição, inteligência e sensibilidade, fiquei feliz de poder não apenas confirmar, mas reforçar, minha convicção de que se encontra, em Adriano Nunes, um poeta contemporâneo que faz juz à melhor tradição da poesia brasileira.”

(Antonio Cicero – poeta, filósofo & letrista)

 

“Se fosse um verso, Antípodas tropicais teria  sete sílabas. E é no andamento do verso curto que Adriano Nunes, neste novo livro, alcança excelentes  resultados. Nele avulta a rigorosa consciência da forma não apenas em seus sinais externos – a  consistente prática do  soneto, por exemplo – mas no domínio rítmico, na amplitude vocabular. Tudo isso, porém, ao largo do mero virtuosismo, pois Adriano conjuga a técnica a um efetivo e intenso temperamento lírico-meditativo, na insaciada  e inestancável  busca do outro, ainda que esse outro resida no próprio eu. A metalinguagem, que em muitos poetas se restringe a receitas domesticadas, em Antípodas tropicais  comparece viva e vigorosa, lançando-se sem cessar  ao ‘precipício de sentidos’,  destinação derradeira de todo poema.”

(Antonio Carlos Secchin – professor, poeta, crítico literário & membro da ABL)

 

“É impressionante a desenvoltura com que Adriano Nunes passeia pelo amplo repertório de formas, sempre com competência e intimidade no trato com a linguagem, mantendo ao mesmo tempo uma voz própria, original, cheia de belos achados.”

“Passeando com intimidade e destreza por diferentes ritmos e tons de discurso – da austeridade clássica à coloquialidade modernista, do metro preciso ao verso livre e deste às experiências mais construtivistas – , Adriano Nunes parece uma síntese impossível entre o poeta lírico e o formalista. De suas rimas raras, aliterações e inversões sintáticas, salta sempre uma surpresa, uma solução imprevista, um deslumbre sonoro-semântico que potencializa a linguagem.”

(Arnaldo Antunes – poeta & compositor)

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(vídeo do site: Youtube. Arnaldo Antunes recita “Noite avulsa“, poema de autoria de Adriano Nunes, integrante do livro “Antípodas Tropicais“, editora Vidráguas.)

PÉROLAS PÉRICLES
9 de junho de 2013

Péricles Cavalcanti

 

(Na foto, o poeta-compositor Péricles Cavalcanti.)
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Aos fãs de música & poesia, IMPERDÍVEL!

Diálogo entre Paulo Sabino & um dos MAIORES poetas-compositores do Brasil, PÉRICLES CAVALCANTI:

Paulo Sabino escreve:

 

“Acabei de saber que você deu carta branca para o projeto do Adriano [Nunes], em parceria comigo, de reunirmos todos os seus poemas-canções num livro!

ESTOU EMOCIONADO DE PENSAR QUE FAREI ESTE BELÍSSIMO TRABALHO!

Tô tremendo, tô chorando, tô pulando por dentro, tô sei lá!

Imagina, organizar toda a obra de um dos MAIORES poetas-compositores do Brasil, meu Deus, que HONRA!”

 

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Péricles Cavalcanti responde:

 

“Eu, também, fiquei feliz com isso, querido Paulo. Vamos nessa!!!!
Um beijo, sempre.”

 

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É isso mesmo, senhores! O GRANDE poeta ADRIANO NUNES bolou o projeto de reunir, em livro, todos os poemas-canções do SUPERLATIVO poeta-compositor PÉRICLES CAVALCANTI, livro que será feito com o máximo de rigor, cuidado, carinho & atenção, e me convidou para a empreitada(!).

A obra vai se chamar “PÉROLAS PÉRICLES” & será lançada no ano próximo pelo selo Vidráguas, da GRANDE & QUERIDA amiga professora & poeta CARMEN SILVIA PRESOTTO.

Além de trazer todas as letras do cancioneiro desse EXTRAORDINÁRIO cantor & poeta-compositor (entre elas as aclamadas “Porto Alegre”, gravada por Adriana Calcanhotto & Tulipa Ruiz, “Clariô”, gravada por Gal Costa, e “Elegia”, parceria de Péricles & Augusto de Campos, gravada por Caetano Veloso), o livro “PÉROLAS PÉRICLES” contará com textos críticos (meus & do Adriano), além de depoimentos de artistas & do próprio autor.

Salve a poesia! Salve Péricles! Salve Adriano! Salve Carmen!

Beijo todos!
Paulo Sabino.

INTIMAÇÃO/INSPIRAÇÃO: LANÇAMENTO PARA 2014, PROJETOS & ADRIANO NUNES
29 de maio de 2013

Adriano Nunes e Lêdo Ivo

(Na foto, os poetas Adriano Nunes & Lêdo Ivo, grande entusiasta, quando vivo, da obra do jovem & talentoso poeta.)
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INTIMAÇÃO!

Fui notificado há pouco: em janeiro ou fevereiro do ano que vem, no máximo (ordens expressas do editor – rs!), Paulo Sabino lançará o seu livro de poesia.

A partir de junho (próximo mês), começo a enviar os poemas ao meu editor.

O grande barato de pensar em lançar o meu livro de poesia no início do ano que vem é que o grande responsável pela edição & lançamento será o meu querido & amado & idolatrado amigo, o talentosíssimo poeta Adriano Nunes(!), poeta que, segundo Antonio Cicero (poeta filósofo ensaísta & tradutor de apuro refinadíssimo), “é um dos mais expressivos de sua geração ou de que, livre de amarras, dogmas, ideologias e escolas, Laringes de grafite é um dos mais belos livros de poemas dos últimos tempos”, poeta que, segundo Antonio Carlos Secchin (poeta sofisticadíssimo, responsável, por exemplo, pela organização das obras completas de Cecília Meireles, professor & tradutor de primeiríssima linha, além de membro da Academia Brasileira de Letras), lhe foi “uma bela surpresa, já antecipada no fino estudo introdutório de Antonio Cicero”. E arremata: “Adriano Nunes consegue ser polígrafo num único gênero, desenvolvendo múltiplas vozes e inflexões. Seus textos são réplicas, não pastiches, aos poetas homenageados.”

(Sem contar o que dizem Arnaldo Antunes, Péricles Cavalcanti, Augusto de Campos, e o que disse o poeta Lêdo Ivo, que, quando vivo, foi um grande entusiasta da obra deste jovem poeta.)

O meu livro sairá pelo selo Vidráguas, que opera sob comando & supervisão da grande & querida (salve salve!) poeta, professora & editora Carmen Silvia Presotto.

Eu só tenho a concordar com o que dizem a respeito do Adriano. Sem sombra de dúvidas, se, hoje, me perguntam quem acho ser o maior poeta desta geração que começa a despontar, respondo certeiro: Adriano Nunes.

Adriano Nunes é o poeta com o maior número de recursos lingüísticos que conheço. Ele possui a capacidade ímpar, singular, de transitar por todas as narrativas poéticas brilhantemente: escreve soneto (forma fixa, clássica) com a mesma genialidade que escreve poema concreto (forma livre, moderna) ou os seus poemas de verso livre. Conhece como ninguém os recursos de que dispõe a poesia. Eu fico sempre assombrado com as suas capacidades & muito feliz de sermos contemporâneos.

Por essas razões, me sinto extremamente satisfeito por pensar que o meu livro de poesia terá, como responsáveis, Adriano Nunes & Carmen Silvia Presotto. Um luxo!

E há projetos que desejo tocar & sobre os quais ainda não tratei formalmente com os editores (rs): o lançamento, em livro, de uma edição especial do blog Prosa em poema. Escolherei 5 ou 6 poetas-compositores que integram o PEmP & os seus respectivos poemas-canções analisados. Conseguindo a autorização dos poetas-compositores, lançar, junto ao livro, um CD com as canções, para que os leitores possam ler os meus textos de apresentação & os poemas-canções tendo, junto à leitura, a experiência da música.

E ainda alguns projetos lindos, sobre os quais não posso falar (ordens expressas – rs), todos ligados à poesia, que me deixaram uma ansiedade & vontade danadas de realizá-los.

2013 & 2014 prometem, que bom!

De mimo aos senhores, deixo-os na companhia de 2 poemas que amo (aliás, como não amar todos?), do poeta aqui homenageado, Adriano Nunes, poemas belíssimos, que me traduzem.

Sem mais.

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do livro: Laringes de grafite. autor: Adriano Nunes. editora: Vidráguas.)

 

 

MERCANTILISMO

 

eu me consumo

sonho
sangro
sinto
surto

um dia
devolvo-me ao mundo

corpo
alma
sombra
sumo

 

 

DO QUE QUER SER CONCEBIDO

 

palavras são para isso,
sim, para inventar
o paraíso.
aprendi
assim
comigo.

prometi tudo
mesmo a mim,
mas menti.
palavras são para isso,
digo, para desafiar
o íntimo.

pronto.
admito:
palavras são para isso,
repito, para cantar
o infinito
do que quer ser concebido.