(Convite para a próxima edição, nesta terça-feira, dia 17 de setembro)
_________________________________________________________________________________________________________
A ESTANTE DO POETA
A ideia do projeto é a apresentação dos poemas lidos pelo convidado — porque todo poeta, antes, é um grande leitor de poesia — e que inspiraram/ influenciaram a criação dos poemas que formam a sua obra. Apresentar, ao público, um pouco da estante do poeta: o que o nosso convidado lê e o que o inspira a produzir poesia. Levar, ao espectador, os poemas dos autores que conversam com os poemas do convidado. Fazer uma ponte entre os poemas do nosso convidado e os poemas dos autores que o inspiraram, a fim de mostrar a gênese da sua criação literária.
A dinâmica da apresentação: 1ª parte – o poeta conta como a poesia entrou na sua vida, como se deu o seu primeiro contato, quais autores da sua predileção naquele momento e quando se descobriu poeta, quando começou a escrever poemas (caso o poeta queira, apresentar o primeiro poema que escreveu e que o fez acreditar ser um “poeta”); 2ª parte – apresentação ao público dos poemas escritos a partir dos poemas de outros autores (quais poemas o poeta escreveu inspirado na poesia de outros poetas – apresentar, portanto, os seus poemas e os poemas que serviram de inspiração).
A Estante do Poeta terá a grande alegria de receber o jornalista, compositor e consultor cultural Salgado Maranhão no dia 17 de setembro, terça-feira, às 18h30, no Espaço Afluentes (Avenida Rio Branco, nº 181, 19º andar, sala 1905 – o endereço, número 181 da Rio Branco, fica exatamente em frente à estação de metrô Carioca). O evento tem uma hora de duração, podendo chegar a uma hora e meia, portanto, começa às 18h30 e termina às 19h30, no máximo às 20h.
A seguir, as informações a respeito das edições anteriores:
O projeto estreou com a presença e irreverência do acadêmico, tradutor e dramaturgo Geraldo Carneiro, que nos brindou com histórias hilárias da sua vida literária.
A 2ª edição recebeu o acadêmico, letrista e filósofo Antonio Cicero, que, além de partilhar a sua história com a literatura, nos brindou com o seu método de escrever letras de música.
(Na foto, Claudia Roquette-Pinto, que idealizou e administra com a sua irmã, Mariana Roquette-Pinto, o Espaço Afluentes)
A 3ª edição recebeu o acadêmico, professor e ensaísta Antonio Carlos Secchin, cujo humor nos reservou momentos muito divertidos aliados ao seu vasto conhecimento dos estilos e escolas literárias.
(Sempre uma alegria receber os poetas amigos — da esquerda para direita: Luiz Otávio Oliani, Cláudio Cacau, Nuno Rau, Claudia Roquette-Pinto, administradora com a sua irmã, Mariana Roquette-Pinto, do Espaço Afluentes, o nosso convidado Antonio Carlos Secchin, Anna Maria Fernandes, Carmen Moreno e Tanussi Cardoso)
A 4ª edição recebeu o professor e tradutor Paulo Henriques Britto, que nos deu uma verdadeira aula de versificação, metrificação e tradução de poesia no Brasil e em alguns outros cantos do mundo.
(Convite da exposição “Somos Somas”, que inaugurou no dia 5 de agosto e que encerraria no dia 15 de setembro, mas foi prorrogada até 22 de setembro)
(No entrada do centro cultural, o anúncio da exposição e o curador, Alberto Saraiva)
(Montagem do anúncio)
(Foto que originou o cartaz da entrada do centro cultural — Américo Vermelho)
(Abertura da exposição “Somos Somas”, 5 de agosto — ao fundo, painel de 11 metros de largura que reproduz parte da minha biblioteca — Fotos: Americo Vermelho)
(No painel de 11 metros de largura que reproduz parte da minha biblioteca — Foto: Americo Vermelho)
(A coordenadora geral da exposição, Shirley Fioretti, e a produtora executiva, Veralu de Andrade — Foto: Americo Vermelho)
(O assessor de imprensa do projeto, George Patiño, e a responsável pelo painel da biblioteca e anúncio da entrada do Oi Futuro, Sandra Fioretti — Foto: Americo Vermelho)
(Foto: Americo Vermelho)
(O gerente-executivo de Cultura, Roberto Guimarães, e o acadêmico Antonio Carlos Secchin — Foto: Americo Vermelho)
(O poeta e professor Eucanaã Ferraz — Foto: Americo Vermelho)
(Os poetas Jorge Salomão e Alice Monteiro — Foto: Americo Vermelho)
(Na 1ª foto, na porta da galeria; na 2ª, dentro da galeria: Mariana Roquette-Pinto, Charles Gavin, Claudia Roquette-Pinto e Paulo Henriques Britto — Foto: Americo Vermelho)
(Os poetas Eduardo Macedo e Christovam de Chevalier — Foto: Americo Vermelho)
(Os poetas Mauro Santa Cecília, Luis Turiba e Christovam de Chevalier — Foto: Americo Vermelho)
(A poeta Thereza Rocque da Motta e os poetas Cláudio Cacau e Luis Turiba — Foto: Americo Vermelho)
(A cantora, compositora e pianista Maíra Freitas — Foto: Americo Vermelho)
(O poeta Tanussi Cardoso — Foto: Americo Vermelho)
(A minha caboclinha e mãe Jurema Armond — Foto: Americo Vermelho)
(O poeta Márcio Catunda — Foto: Americo Vermelho)
(Os poetas Victor Colonna e Thassio Ferreira — Foto: Americo Vermelho)
(A poeta Rosalia Milsztajn e o poeta Salgado Maranhão — Foto: Luciana Queiroz)
(Eu e Alberto Saraiva, o curador “marlindo” que se pode querer — Foto: Luciana Queiroz)
(A entrada da galeria, com texto sobre a exposição — Foto: Luciana Queiroz)
(Dentro da galeria, público com os vídeos projetados — Fotos: Luciana Queiroz)
Oi Futuro apresenta exposição do poeta carioca Paulo Sabino
Imagens de artistas e poetas como Charles Gavin, Mabel Velloso, Claudia Roquette-Pinto, Péricles Cavalcanti, Maíra Freitas, Carlos Rennó, Ricardo Silvestrin e Adriano Nunes lendo poesias de Sabino serão projetadas nas galerias do Centro Cultural a partir de 5 de agosto
O Oi Futuro inaugura dia 5 de agosto, segunda-feira, a exposição “SOMOS SOMAS”, do poeta e jornalista Paulo Sabino, dentro do Programa Poesia Visual e Digital, com curadoria de Alberto Saraiva. A exposição vai ocupar o térreo e o 2° piso do Centro Cultural Oi Futuro, no Flamengo, e tem patrocínio da Oi, Prefeitura do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, com apoio cultural do Oi Futuro.
“SOMOS SOMAS” alterna poemas gravados em celular pelo próprio Sabino e convidados virtuais. Charles Gavin, ex- Titãs, Mabel Velloso, Claudia Roquette-Pinto, Ricardo Silvestrin, Maíra Freitas, Péricles Cavalcanti, Adriano Nunes, Carlos Rennó, entre outros, têm suas imagens projetadas em grandes formatos. Os poemas inéditos do autor serão exibidos em três monitores, que ficam localizados no térreo do centro cultural.
Conhecido como agitador cultural e promotor de saraus de poesia no Rio, Sabino faz sua primeira exposição individual. Na galeria 2 do Oi Futuro, o artista convida outros amantes da palavra para participar das obras apresentadas, criando uma rede de pessoas em torno da poesia. Em um grande painel no térreo do centro cultural será reproduzida a biblioteca do artista, cenário constante em seus vídeos poéticos, postados regularmente nas redes sociais.
(Exposição: Somos Somas. Edição de vídeo: Joao Oliveira, Alberto Saraiva e Paulo Sabino. Local: Centro Cultural Oi Futuro. Período de tempo: 05/08 a 22/09/2019. Poema: Um para dentro todo exterior. Autor: Paulo Sabino.)
(Lançamento do meu livro de estreia na poesia, Um para dentro todo exterior, na livraria Blooks, Rio de Janeiro — 05/09 — Foto: Luciana Queiroz)
(Com a minha parceira de selo Bem-Te-Li, da editora Autografia, a produtora editorial Cristine Ferreira — Foto: Luciana Queiroz)
(Livraria cheia, noite linda, astral lá em cima — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Rafael Millon)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Assinando para um amor da vida, o meu amigo e espécie de mentor intelectual, além de ser o responsável pela orelha do livro, o poeta e filósofo Antonio Cicero — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Outra grande honra: assinando para o duas vezes vencedor do prêmio Jabuti, e um dos responsáveis pelos prefácios do livro, o amigo e mestre Salgado Maranhão — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Assinando para um poeta de primeira grandeza, um dos preferidos da Adriana Calcanhotto, o meu amigo & xará Paulo Henriques Britto — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Assinando para o casal — um mestre da poesia, muito importante na minha trajetória, Adriano Espínola, e Moema, sua querida esposa — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Assinando para um poeta refinadíssimo, pessoa pra lá de amorosa, Tanussi Cardoso — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Assinando para um grande poeta e amigo, Luis Turiba — Foto: Luciana Queiroz)
(Com o casal de poetas Luca Andrade e Luis Turiba — Foto: Luciana Queiroz)
(Com o super poeta, máximo respeito, o mano meu, Mano Melo — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Os lindos e queridos amigos e poetas Christovam de Chevalier e Thassio Ferreira — Foto: Luciana Queiroz)
(Só feras! Que honra — da esquerda para direita: Adriano Espínola, Salgado Maranhão, Abel Silva, André Vallias, Antonio Cicero, Tom Farias e Luis Turiba — Foto: Luciana Queiroz)
(Co-marida e marido: Monica Ramalho e Rafael Millon, da Belmira Comunicação, na assessoria de imprensa pra lá de maravilhosa — Foto: Luciana Queiroz)
(Ganhando carinho de mãe, a minha caboclinha linda, Jurema Armond, feliz da vida com a noite de lançamento — Foto: Luciana Queiroz)
(Mamãe amada — foto: Cristine Ferreira)
(Orgulho do pai — Foto: Luciana Queiroz)
(A grande honra de ter o poema que dá título ao livro no blog Acontecimentos, do poeta e filósofo Antonio Cicero)
(Na coluna Parada Obrigatória, do jornal O Globo, o destaque foi para a noite de lançamento de Um para dentro todo exterior)
_________________________________________________________________________________________________________
Gente querida e poética,
É tanta coisa, tanta coisa, que nem sei por onde começar… Muita expectativa para o lançamento no Rio de Janeiro, minha cidade, muita ansiedade para que chegasse o dia… O dia chegou, foi na quarta-feira da semana passada, 5 de setembro, e a noite foi uma lindeza só! Muito feliz por ver tanta gente amiga — amigos do tempo de escola, do tempo de faculdade, amigos que o trabalho com a poesia me deu. Além da felicidade da minha cabocla Jurema Armond, a grande responsável pela minha carreira literária e pelo meu amor ao verbo, ao verso: à palavra. Noite que levarei no coração para sempre!
*** Nesta 14ª edição do projeto Ocupação Poética, leitura dos poemas que integram o livro de estreia do coordenador e organizador do projeto, o poeta e agitador cultural Paulo Sabino ***
O poeta e agitador cultural lançou, no último dia 5, na Blooks Livraria, no Rio de Janeiro, o seu livro de estreia na poesia, intitulado Um para dentro todo exterior. O livro conta com textos de apresentação dos acadêmicos (Academia Brasileira de Letras) Antonio Carlos Secchin, Antonio Cicero, Nélida Piñon e do 2 vezes vencedor do prêmio Jabuti Salgado Maranhão.
Agora chegou a vez do público conhecer os poemas através das leituras que serão feitas nesta próxima segunda-feira, 17 de setembro, a partir das 20h, no Teatro Cândido Mendes de Ipanema.
Participam da leitura os poetas Christovam de Chevalier, Luis Turiba, Mano Melo, Jorge Ventura, Thassio Ferreira, o acadêmico (ABL) Antonio Cicero e as cantoras e compositoras Maíra Freitas e Juliana Linhares (da super banda Pietá)!
Venham! Esperamos vocês!
Ao final da apresentação, haverá uma noite de autógrafos para quem quiser levar o livro devidamente assinado.
Serviço:
Ocupação Poética (14ª edição)
Coordenação: Paulo Sabino
Participantes: Christovam de Chevalier, Antonio Cicero, Jorge Ventura, Mano Mello, Luis Turiba, Thassio Ferreira, Juliana Linhares e Maíra Freitas
Teatro Cândido Mendes
Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema
Tel: (21) 2523-3663
Data: 17/09 SEGUNDA-FEIRA
Horário: 20h
Entrada: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)*
Classificação: 14 anos
* Os nomes nos comentários desta publicação entram automaticamente na lista-amiga, garantindo a meia-entrada (R$ 10,00)
(Mensagem do Cicero, que assina a orelha do livro)
(Mensagem da Nélida, que assina um dos textos de apresentação do livro)
___________________________________________________________________
Ele está aqui, na companhia do papai, sendo gestado, preparado, ganhando forma, peso, desenvolvendo-se de maneira muito bonita. Ainda não nasceu, ele chega ao mundo no fim de julho, mas papai já é puro orgulho! Expectativa & ansiedade a mil, não vejo a hora de parir o meu rebento poético, meu livro de estreia na poesia!
Um para dentro todo exterior, nome da cria, ganha o mundo dia 26 de julho (quinta-feira), na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que este ano homenageia a mestra, poeta por quem sou absolutamente apaixonado, Hilda Hilst.
Depois do lançamento na Flip, realizo um outro, em agosto (a previsão é de 2 semanas depois da festa literária), na minha cidade, no Rio de Janeiro, na livraria Blooks, localizada na praia de Botafogo. Mais à frente, volto com maiores informações.
Um para dentro todo exterior consta de 42 poemas.
Aqui, embaixo, as pessoas que tenho que agradecer neste momento de gestação:
Pintura da capa: Chico Lobo
Foto da capa e do autor: Thiago Facina
Texto da orelha: Antonio Cicero
Texto da contracapa: Antonio Carlos Secchin
Textos de apresentação (prefácios): Salgado Maranhão e Nélida Piñon
Assessoria de imprensa: Belmira Comunicação
Selo: Bem-Te-Li (Editora: Autografia)
Coordenação do selo: Paulo Sabino e Cris Maza
Tenho que confessar a vocês que, hoje em dia, depois de receber todos os textos que tratam do livro, eu estou mais encantado pelos textos sobre o livro do que com o livro propriamente. Não é que eu considere o livro ruim — muito pelo contrário, amo o meu livro, gosto demais dele —, é que os textos sobre o livro foram escritos por pessoas da minha mais alta admiração. Então me é uma alegria imensa ler o que essas pessoas enxergaram do livro.
Espero a presença de vocês em algum dos lançamentos.
De brinde, um poema — dos tantos & tantos que amo — da grande homenageada da festa literária de Paraty.
O mais novo membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), o poeta & filósofo Antonio Cicero
Na posse do mais novo membro da Academia Brasileira de Letras, Antonio Cicero. Na foto, ao fundo, atrás do Cicero, o querido Marcelo Pies, e atrás de mim, o meu amigo & irmão de poesia Christovam de Chevalier
Com o empossado na ABL Antonio Cicero & Rafael Millon, primo do imortal
Com os irmãos lindos & queridos, Cicero & Marina Lima
Com um grande amigo & mestre, o badalado & premiadíssimo poeta Salgado Maranhão
Com um amor da vida, o meu lindo amigo & grande poeta Jorge Salomão
Com Geraldinho Carneiro, pessoa que amo, pura simpatia & diversão
Na companhia dessa dupla imbatível, mestres & amigos, Geraldinho Carneiro & Antonio Carlos Secchin
Este aqui foi o momento sofá, a hora do gesto discreto do Cicero, me chamando pra mais perto, pra sentar ao seu lado, e eu me derramando inteiro por conta das doses de uísque — ao meu lado, a doce amiga & poeta Noélia Ribeiro
“Que bacana, Paulo. Queria muito ter estado com vocês todos mas estou do outro lado do Atlântico, lotada de compromissos. A ABL ganhou um tesouro! Um beijo, Adriana”.
(Adriana Calcanhotto — cantora & compositora)
Sexta-feira, dia 16/03, foi dia da posse do mais novo membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), o poeta & filósofo Antonio Cicero.
Conheci o Cicero no início de 1999, quando tinha os meus 23 aninhos. 19 anos se passaram & nesses 19 anos a nossa amizade só fez crescer & florescer. Pela proximidade que acabou acontecendo, o Cicero foi uma espécie de mentor intelectual. Sempre pedi muita indicação de livros & dicionários a ele, enviava dúvidas minhas a respeito de assuntos ligados à filosofia, e o Cicero, muito generoso, sempre esteve “ali”, me auxiliando nas solicitações. Foi ele quem me fez criar o meu site literário, o “Prosa Em Poema”, site que me abriu as portas para o convívio com os grandes intelectuais & escritores que, hoje, tenho a honra & o prazer de ser amigo. Foi o Cicero o meu grande padrinho nesse sentido, porque antes de tornar o site público, anunciar que a página estava no ar, escrevi a ele, pedindo a sua avaliação, e no dia seguinte estava estampada no seu site, o “Acontecimentos”, uma publicação linda, convidando os seus leitores a conhecerem a minha página, o que garantiu ao site, logo no primeiro dia do “Prosa Em Poema”, mais de 200 visualizações.
A nossa história é muito bonita. Nunca me esqueço de quando nos encontramos num lançamento de livro & ele me disse: “Paulinho, te conheci um garoto, hoje você é um homem”. E é verdade.
Uma alegria pra sempre ter, no seu segundo livro de poesia, “A cidade e os livros”, um poema dedicado a mim, poema que inclusive leva o meu nome. Já rimos muito disso.
Por isso, na sexta, quando vi o Cicero adentrando o salão nobre da ABL, de fardão, para tomar posse, eu me emocionei & chorei disfarçadamente. É o cara de uma importância sem precedentes na minha trajetória intelectual, recebendo uma homenagem mais do que merecida dos seus pares, eleito o ocupante da cadeira de número 27 da instituição. No final da noite, antes de ir embora, o Cicero me fisgou pelo olhar & num gesto discreto me chamou para sentar ao seu lado (a última foto das dispostas acima, foi o Rafael Millon, primo do Cicero, quem nos flagrou de longe). Tocado de uísque, pilequinho, sentei junto a ele & me derramei, bem confessional. A nossa amizade & o nosso amor & a nossa admiração mútua permitem essas coisas.
Foi uma noite linda ao lado de muitos amigos. Uma noite à altura de Antonio Cicero.
(Você me abre seus braços & a gente faz um país.)
Vivas a ele, salve mais uma conquista!
Beijo todos!
Paulo Sabino.
___________________________________________________________________
(do livro: A cidade e os livros. autor: Antonio Cicero. editora: Record.)
A CIDADE E OS LIVROS
para D. Vanna Piraccini
O Rio parecia inesgotável
àquele adolescente que era eu.
Sozinho entrar no ônibus Castelo,
saltar no fim da linha, andar sem medo
no centro da cidade proibida,
em meio à multidão que nem notava
que eu não lhe pertencia — e de repente,
anônimo entre anônimos, notar
eufórico que sim, que pertencia
a ela, e ela a mim —, entrar em becos,
travessas, avenidas, galerias,
cinemas, livrarias: Leonardo
da Vinci Larga Rex Central Colombo
Marrecas Íris Meio-Dia Cosmos
Alfândega Cruzeiro Carioca
Marrocos Passos Civilização
Cavé Saara São José Rosário
Passeio Público Ouvidor Padrão
Vitória Lavradio Cinelândia:
lugares que antes eu nem conhecia
abriam-se em esquinas infinitas
de ruas doravante prolongáveis
por todas as cidades que existiam.
Eu só sentira algo semelhante
ao perceber que os livros dos adultos
também me interessavam: que em princípio
haviam sido escritos para mim
os livros todos. Hoje é diferente,
pois todas as cidades encolheram,
são previsíveis, dão claustrofobia
e até dariam tédio, se não fossem
os livros infinitos que contêm.
(O convite da 10ª edição do projeto Ocupação Poética — homenagem ao poeta e compositor gaúcho Ricardo Silvestrin)
(Casa cheia, público quente, que abraçou a divertida e sagaz e direta e sofisticada poesia do homenageado da noite — Foto: Luciana Queiroz)
(Casa cheia, público quente, que abraçou a divertida e sagaz e direta e sofisticada poesia do homenageado da noite — Foto: Luciana Queiroz)
(O coordenador do projeto, Paulo Sabino — Foto: Luciana Queiroz)
(O coordenador apresentando o homenageado, Ricardo Silvestrin — Foto: Luciana Queiroz)
(Ricardo Silvestrin em ação — Foto: Luciana Queiroz)
(O homenageado, mostrando o seu lado compositor, acompanhado do violonista André Barros — Foto: Luciana Queiroz)
(Antonio Carlos Secchin — Foto: Luciana Queiroz)
,
(Foto: Luciana Queiroz)
(Antonio Cicero — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Luis Turiba — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Noélia Ribeiro — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Leoni — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Eduardo Tornaghi — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Tavinho Paes — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Mano Melo — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Salgado Maranhão — Foto: Luciana Queiroz)
(Foto: Luciana Queiroz)
(Encerrando a noite, o homenageado — Foto: Luciana Queiroz)
(Ricardo Silvestrin e Kleiton Ramil — Foto: Luciana Queiroz)
(A turma toda nos agradecimentos finais; da esquerda pra direita: Kleiton Ramil, Ricardo Silvestrin, Eduardo Tornaghi, Mano Melo, Salgado Maranhão, Tavinho Paes, Noélia Ribeiro, Luis Turiba, Antonio Carlos Secchin, Antonio Cicero, Leoni, Paulo Sabino e André Barros — Foto: Luca Andrade)
(Destaque na coluna “Gente Boa”, do carderno cultural do jornal O Globo, a 10ª edição do projeto Ocupação Poética — Fotos: Marcos Ramos)
(Destaque na coluna “Gente Boa”, do carderno cultural do jornal O Globo — Fotos: Marcos Ramos)
(Destaque na coluna “Gente Boa”, do carderno cultural do jornal O Globo, a 10ª edição do projeto Ocupação Poética — Fotos: Marcos Ramos)
_____________________________________________________
Foi lindo! Que momento, que vivência!
A cada noite como a que tivemos, na 10ª edição do projeto Ocupação Poética no teatro Cândido Mendes de Ipanema, ocorrida na segunda-feira (11/09), em homenagem ao grande poeta e letrista e cantor gaúcho Ricardo Silvestrin, o coração só faz transbordar alegria e fé na poesia, no que ela pode de afeto, de alcance, de projeção. Tá faltando Poesia no cardápio nosso de cada dia! No que depender de mim, tendo sempre esta turma da pesada juntinho de mim (porque não acredito, mesmo!, que ninguém é nada sozinho), a Poesia vem gostosa, como o prato principal de todos nós. Que assim seja!
O meu muito obrigado a todos os participantes: Antonio Cicero, Antonio Carlos Secchin, Eduardo Tornaghi, Salgado Maranhão, Tavinho Paes, Noélia Ribeiro, Leoni, Luis Turiba, Kleiton Ramil, Mano Melo; e ao público, quente, risonho e festivo. O público abraçou a bela e sagaz e direta e sofisticada poesia do Silvestrin. Uma alegria imensa. Gente que encomendou livro em site pós evento. Lindo de saber. E vamo que vamo! Valeu demais!
Aos interessados, deixo, na íntegra, o poema que fez sucesso na voz do cantor e compositor Leoni e que foi citado (ver fotos acima) na matéria jornalística.
Dia 13 de novembro acontece a 11ª edição do projeto. Mais à frente, maiores informações.
Beijo todos!
Paulo Sabino.
_____________________________________________________
(do livro: Metal. autor: Ricardo Silvestrin. editora: Artes e Ofícios.)
deus descansou
e esse foi o seu vacilo
achou que o jogo estava ganho
e o mundo então deu naquilo
deus lavou as mãos
disse se virem
já fiz a minha parte
pensam que é mole
tirar um mundo da cartola
se querem perfeito
nada feito
tô fora
e se foi pelo infinito
sem dar ouvidos
aos gritos
de deus do céu
deus nos proteja
deus nosso senhor
onde anda
por hoje o criador
pelo universo
de banda
gozando a aposentadoria
que ganhou em sete dias
fez um mundo imperfeito
mas bate no peito
e diz
se não gostarem
façam outro
devolução não aceito
já fiz o homem
à minha imagem e semelhança
pra continuar
no meu lugar
a lambança
(Os participantes — em pé: Salgado Maranhão e Juliana Linhares, sentados: Helio Moulin e Mihay — com o busto do Guilherme Araújo e a fotografia da Gal — Todas as fotos: Elena Moccagatta)
(Na “Agenda da semana” do caderno cultural do jornal O Globo, um dia antes da estréia)
(Na coluna “Gente Boa”, do caderno cultural do jornal O Globo)
______________________________________________________
Alô alô! Alegria alegria! É chegada a hora! Amanhã, quarta-feira (26/04), estréia da 3ª etapa de encontros do projeto “Somos Tropicália”, com a atriz e cantora Juliana Linhares (cantora e integrante da banda “Pietá” e do projeto “Iara Ira”, ao lado das cantoras Júlia Vargas e Duda Brack), o cantor, compositor e videomaker Mihay (o Mihay já cantou com o Chico César, excursionou com o João Donato, e tem, no seu segundo disco, participação da Tulipa Ruiz, Mariana Aydar, do Robertinho Silva, Kassin, e do próprio João Donato, entre outros), o instrumentista-violonista Helio Moulin (o Hélio é filho do monstro violonista e guitarrista da música popular brasileira e do jazz Helio Delmiro, que tocou com Elis Regina, Clara Nunes, Milton Nascimento, a diva da música norte-americana Sarah Vaughan, entre outros), e o poeta vencedor do prêmio Jabuti de poesia (o mais importante prêmio literário, pelo seu belíssimo livro “Ópera de nãos”) Salgado Maranhão.
Abaixo: o serviço completo (datas, horário, local), um vídeo feito pelo Mihay depois de um dos ensaios que ele, a Juliana Linhares (a musa do vídeo) e o Helinho Moulin fizeram para as apresentações, e um poema-canção de um gênio tropicalista.
Venham todos!
Serviço:
Gabinete de Leitura Guilherme Araújo apresenta –
SOMOS TROPICÁLIA – 50 anos do movimento
Juliana Linhares, Mihay, Helio Moulin e Salgado Maranhão / Pocket-show e leitura de poesias
Dias 26/04 (4ª-feira) e 27/04 (5ª-feira)
A partir das 19h30
Rua Redentor, 157 Ipanema
Tel infos. 21-2523-1553
Entrada franca c/ contribuição voluntária
Lotação: 60 lugares
Classificação: livre
parque industrial: área urbanizada destinada a indústrias. mas, sob a luz tropicalista, “parque industrial” pode ser entendido como um lugar de diversão (a que são destinados os parques não-industriais), um lugar de distração, porém distração tamanha que chega a ser alienante.
parque industrial: lugar de desenvolvimento tecnológico, porém, no brasil, sob a luz tropicalista, um lugar de desenvolvimento subdesenvolvido, capenga, deficitário, pois abandona a sua população à miséria e ao subdesenvolvimento.
o “parque” industrial, o avanço da industrialização, como a salvação da lavoura: é o que vem trazer nossa redenção, nossa salvação.
temos as propagandas da indústria, enganosas, vendendo felicidade em prestações a perder de vista, distribuindo alegria padronizada e enlatada, produzindo alienação com seus reality shows e seus debates que em nada interessam.
a revista moralista, veja você, a revista lida e mantida pelo cidadão de bem, traz uma lista dos pecados da vedete, mulher que cantava e dançava nos antigos teatros-revistas e musicais. porém, não lista a violência que escorre solta nas páginas dos jornais (um banco de sangue encadernado), a violência, essa, sim, capaz de machucar, maltratar, torturar, sangrar, matar.
e, no fim das contas, tudo isso, todos os (d)efeitos colaterais são feitos aqui, no brasil, ou, como se coloca nos produtos industrias a fim de identificar a sua origem de fabricação, “made in brazil”, feito no brasil, todos os (d)efeitos colaterais desse tipo de organização econômica (que acaba por ditar a social) são produzidos pelo avanço industrial, pelo parque industrial, por esse tipo de organização consumista, onde tudo, no fim das contas, não passa de “venda e compra”.
o parque industrial: vem trazer nossa redenção?…
beijo todos!
paulo sabino.
______________________________________________________
(do encarte do álbum: Tropicália ou Panis et circenses. autor: Tom Zé.)
PARQUE INDUSTRIAL
Retocai o céu de anil
Bandeirolas no cordão
Grande festa em toda a nação
Despertai com orações
O avanço industrial
Vem trazer nossa redenção
Tem garotas-propaganda
Aeromoças e ternura no cartaz
Basta olhar na parede minha alegria
Num instante se refaz
Pois temos o sorriso engarrafado
Já vem pronto e tabelado
É somente requentar e usar
É somente requentar e usar
Porque é made, made, made, made in Brazil
Retocai o céu de anil
Bandeirolas no cordão
Grande festa em toda a nação
Despertai com orações
O avanço industrial
Vem trazer nossa redenção
A revista moralista
Traz uma lista
Dos pecados da vedete
E tem jornal popular
Que nunca se espreme
Porque pode derramar
É um banco de sangue encadernado
Já vem pronto e tabelado
É somente folhear e usar
É somente folhear e usar
Porque é made, made, made, made in Brazil
Porque é made-made-made-made in Brazil
Porque é made-made-made-made in Brazil
Made in Brazil
______________________________________________________
(do site: Youtube. álbum: Tropicália ou Panis et circenses. artista: Vários. canção: Parque Industrial. autor: Tom Zé. intérpretes: Gilberto Gil, Gal Costa, Caetano Veloso e Mutantes. gravadora: PolyGram.)
(Os participantes desta 3ª etapa do projeto: em pé, Juliana Linhares e Salgado Maranhão; sentados, Helio Moulin e Miray junto ao Guilherme Araújo e à Gal Costa — Foto: Rafael Millon)
______________________________________________________
“Bravo, Paulo Sabino. Aqueceram-me o coração sua desenvoltura e alta voltagem poética. Grato. Abs. RCAlbin”.
(Ricardo Cravo Albin — musicólogo & membro da Academia Carioca de Letras — ACL)
“Que massa que o Helinho vai tocar contigo [Mihay]! Adorei.”
(Tulipa Ruiz — cantora e compositora)
Alô Alô! Alegria Alegria!
Aqui para anunciar os participantes da 3ª etapa de encontros do projeto “Somos Tropicália”, em homenagem aos 50 anos do movimento que chacoalhou a música popular brasileira. O projeto vem reunindo, desde fevereiro, mensalmente, artistas da nova geração da nossa música, para a releitura das canções tropicalistas, com poetas consagrados, para a leitura de textos/poemas de bossa tropicalista.
Para esta edição de abril, o imenso prazer de receber só feras: a atriz e cantora Juliana Linhares (cantora e integrante da banda “Pietá” e do projeto “Iara Ira”, ao lado das cantoras Júlia Vargas e Duda Brack), o cantor, compositor e videomaker Mihay (o Mihay já cantou com o Chico César, excursionou com o João Donato, e tem, no seu segundo disco, participação da Tulipa Ruiz, Mariana Aydar, do Robertinho Silva, Kassin, e do próprio João Donato, entre outros), o instrumentista-violonista Helio Moulin (o Hélio é filho do monstro violonista e guitarrista da música popular brasileira e do jazz Helio Delmiro, que tocou com Elis Regina, Clara Nunes, Milton Nascimento, a diva da música norte-americana Sarah Vaughan, entre outros), e o poeta vencedor do prêmio Jabuti de poesia (o mais importante prêmio literário, pelo seu belíssimo livro “Ópera de nãos”) Salgado Maranhão.
Tudo divino-maravilhoso! Certeza de mais noites lindas para a música e para a poesia! E toda essa maravilhosidade “di grátis”!
Depois deste texto sobre o “Somos Tropicália”, um poema-canção que não é tropicalista porém foi composto por um mestre tropicalista e cantado pela musa tropicalista — Gilberto Gil e Gal Costa. Isso porque a Juliana Linhares, que é a grande cantora e intérprete que terei o prazer e a honra de receber no projeto, no espetáculo “Iara Ira”, canta com a Julia Vargas e a Duda Brack o poema-canção da publicação, poema-canção que é o meu preferido do álbum em que foi lançado, “O sorriso do gato de Alice”, da Gal. A Juliana, a Julia e a Duda abrem o “Iara Ira” com este poema-canção.
Sobre o “Somos Tropicália”: espalhem a notícia! Compartilhem a boa nova!
Esperamos todas e todos!
Serviço:
Gabinete de Leitura Guilherme Araújo apresenta –
SOMOS TROPICÁLIA – 50 anos do movimento
Juliana Linhares, Mihay, Helio Moulin e Salgado Maranhão / Pocket-show e leitura de poesias
Dias 26/04 (4ª-feira) e 27/04 (5ª-feira)
A partir das 19h30
Rua Redentor, 157 Ipanema
Tel infos. 21-2523-1553
Entrada franca c/ contribuição voluntária
Lotação: 60 lugares
Classificação: livre
(Extraído do livro “Gil — todas as letras”, organizado por Carlos Rennó, editora Companhia das Letras.)
para Gal Costa & Juliana Linhares
gilberto gil fez este poema-canção para gal costa, que foi dedicado à mãe da cantora, mariah costa penna, amiga do poeta-compositor & que havia morrido há pouco tempo.
a perda de uma pessoa que muito se ama, a que mais se ama, a grande amiga, aquela que sentimos ser a única pessoa a fazer absolutamente tudo & qualquer coisa para o bem-estar da cria, dos filhos: uma dor profunda, uma tristeza abissal, o recolhimento, o luto, a escuridão.
meu canto em momentos de escuridão é o meu grande amparo. minha voz é meu amparo em momentos difíceis.
minha voz, que é um aro de luz da manhã, que é um aro de luz que nasce do dia, voz solar, iluminada, voz brilhante, num momento de dor, de perda de alguém tão caro, a minha voz brota na gruta da dor.
mãe da manhã, mãe do raiar do dia, mãe da luz nascente do dia, mãe maria, mãe de todos nós, eu faria de tudo pra conservar vosso amor.
uma espécie de súplica, de pedido, à mãe da manhã, à mãe do raiar do dia, à mãe da luz nascente do dia, à mãe maria, à mãe de todos nós: pra conservar vosso amor, mãe da manhã, eu faria de tudo — a cada ano, eu faria uma romaria, eu faria uma oferenda, eu faria uma prenda, eu daria a vós uma flor. faria uma romaria, uma oferenda, uma prenda, daria uma flor — tudo para conservar o amor da mãe da manhã.
assim, na minha existência, a cada instante, teria direito a um grão, a um momento, a um pedaço, de alegria — e todos os grãos de alegria, por conservar o amor da mãe da manhã, seriam lembranças do vosso amor, lembranças do amor que a mãe da manhã me dedica.
santa virgem maria — mãe maria, mãe de todos nós —, vós que sois mãe do filho daquele que nos permite o nascer do dia, vós que sois mãe do filho daquele que nos possibilita a vida, daquele que nos determina a morte, santa virgem maria, mãe da manhã, mãe da luz, mãe solar: abençoai minha voz, meu cantar.
na escuridão da nostalgia causada pela perda de alguém que muito se ama, pela perda de alguém que nos é tão importante, tão caro, dai-nos a luz do luar.
na noite, na escuridão, na dor, na perda, no momento difícil: luz, sempre. seja qual for: solar ou lunar: luz, quero luz.
mãe da manhã, que assim seja.
beijo todos!
paulo sabino.
______________________________________________________
(do livro: Gil — Todas as letras. organização: Carlos Rennó. autor: Gilberto Gil. editora: Companhia das Letras.)
MÃE DA MANHÃ
Meu canto na escuridão
Minha voz, meu amparo
Aro de luz nascente do dia
Brota na gruta da dor
Mãe da manhã, de tudo eu faria
Pra conservar vosso amor
A cada ano, uma romaria
Uma oferenda, uma prenda, uma flor
A cada instante, um grão de alegria
Lembranças do vosso amor
Santa Virgem Maria
Vós que sois Mãe do Filho do Pai do Nascer do Dia
Abençoai minha voz, meu cantar
Na escuridão dessa nostalgia
Dai-nos a luz do luar.
(do site: Youtube. áudio extraído do álbum: O sorriso do gato de Alice. gravadora: BMG Ariola. artista e intérprete: Gal Costa. canção: Mãe da manhã. autor: Gilberto Gil.)
O poeta, curador & intelectual CARLOS DIMURO, integrante da cúpula da instituição, por sugestão do poeta & amigo SALGADO MARANHÃO, me convidou para ser o mestre de cerimônia do evento em comemoração aos 80 ANOS do MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES(!), na sexta próxima (13/01).
Na comemoração, o ministro da Cultura, o atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, empresários, classe artística, os responsáveis pela administração do museu, entre outros, todos ouvindo o Paulo Sabino falar; imensas alegria & satisfação.
Bom começar o ano com esse convite, trabalhando, e abrindo frentes a partir desse acontecimento.
Por conta, um poema de minha autoria, leve, simples, desejando o que desejo para este 2017 que inicia.
Beijo todos!
Paulo Sabino.
______________________________________________________
(autor: Paulo Sabino.)
NA TRILHA DO MEU MOMENTO
que este dia lindo
seja um dia bem vindo
(cheio de
acontecimentos
vazios de
aborrecimentos)
na trilha do
meu momento
(O poeta Carlos Dimuro & a atriz & cantora Zezé Motta)
(A atriz Nathalia Timberg & o poeta & letrista Salgado Maranhão)
______________________________________________________
“Querido Poeta Paulo Sabino, você é o tipo de pessoa que sempre leva brilho aonde vai. Pelo seu talento e simpatia, pela sua enorme generosidade no primado do afeto. Super obrigado, irmão!”
(Salgado Maranhão — poeta & letrista)
Queridos,
Segunda-feira (07/03), mais uma noite de esplendor, onde a Poesia reinou absoluta:
Lançamento do “Ópera de nãos”, o mais recente livro de poemas do sofisticado poeta & letrista Salgado Maranhão, com direito a um recital “litero-musical” & as participações, entre outros, das grandes atrizes Nathalia Timberg & Zezé Motta, do músico Zé Américo Bastos, dos poetas (e grandes amigos) Cristiano Menezes & Luis Turiba & deste que vos escreve.
Algumas canções do poeta foram tocadas & cantadas & alguns dos seus poemas foram ditos pelos convidados do grande anfitrião da noite.
Muito me honrou ter dito, a pedido do Salgado, um mesmo poema que a grande diva da dramaturgia Nathalia Timberg também disse, um poema do poeta Carlos Dimuro (organizador de todo o evento) em homenagem ao Salgado Maranhão, e recebido um super elogio da atriz, pelo meu modo de utilizar a palavra, e do próprio autor do poema, Carlos Dimuro, que me disse que eu fui a pessoa que até hoje melhor disse o seu poema intitulado “Um rio salgado”.
Alegria & satisfação imensas.
Eu disse um total de quatro poemas: três poemas do “Ópera de nãos” (“Lacre 10”, “Lacre 11” & “Clivagem”) & um poema do Carlos Dimuro (“Um rio salgado”).
Amigos novos, projetos novos, trabalhos todos muito bonitos estão por vir — em breve vocês tomarão conhecimento do que se tratam esses trabalhos.
O que tenho hoje a fazer é, mais uma vez, agradecer à Poesia, Musa Maior da minha existência, tudo de maravilhoso que me tem acontecido.
Agradecer ao Salgado Maranhão a confiança, o respeito & o carinho em mim depositados. Agradecer ao poeta & organizador da noite Carlos Dimuro os tantos elogios que ouvi entre encabulado & orgulhoso. Agradecer às atrizes Nathalia Timberg & Zezé Motta as lindas palavras & o olhar doce que me lançaram durante todo o evento. Agradecer à presença de vários grandes amigos que ajudaram a encher o salão do Hotel Golden Tulip Regente, em Copacabana, onde aconteceu o evento. Agradecer à Vida a oportunidade de vivenciar esses momentos que me são tão caros.
Muita coisa bacana por vir, muita coisa bonita a realizar. Cabeça & coração a mil.
Valeu!
Beijo todos!
Paulo Sabino.
______________________________________________________
(do site: Youtube. lançamento do livro “Ópera de nãos”, do poeta Salgado Maranhão. Paulo Sabino recita “Um rio salgado”, do poeta Carlos Dimuro. data: 07/03/2016.)
UM RIO SALGADO (Carlos Dimuro)
Para Salgado Maranhão
Apesar de navegar sereias,
não é doce
o rio que corta
o teu poema.
Sabem-se salgados
os escombros que se escondem
sob as escamas da tua escrita.
E o que em ti é peixe,
se debate em guelras e guerras
numa incansável
respiração boca a boca
com a palavra.
A salinidade ancestral
de tuas águas,
refinada pelos deuses,
tempera o profano:
o sagrado no salgado.
No rio que segue
o curso líquido dos mistérios
da linguagem,
um cardume de versos
anuncia o mar.
______________________________________________________
(do site: Youtube. lançamento do livro “Ópera de nãos”, do poeta Salgado Maranhão. Paulo Sabino recita “Lacre 10”, do poeta Salgado Maranhão. data: 07/03/2016.)
LACRE 10 (Salgado Maranhão)
Sou um ladrão de luas,
um salteador de azuis.
Exibo essas credenciais
inúteis
a todos que me interpelam.
Aos fuzileiros,
…………………..aos sacerdotes,
aos mentecaptos;
sem que nada altere
o arrulhar do vento
e o coice do mar.
Sem donatário ou domínios.
Insisto em reger esta ópera
de nãos.
Se sangue há em mim,
é nas veias,
………………não nas mãos.
______________________________________________________
(do site: Youtube. lançamento do livro “Ópera de nãos”, do poeta Salgado Maranhão. Paulo Sabino recita “Clivagem”, do poeta Salgado Maranhão. data: 07/03/2016.)
CLIVAGEM (Salgado Maranhão)
Canto para renascer
na pedra
com a semente que o mar
roubou dos náufragos; canto
para repartir com a brisa
a lúdica sesmaria da palavra.
Um atlas abriu seus galhos
para acolher meus reinos:
uma geometria de farrapos;
um tigre com o sol entre as patas.
E sigo esse rio de letras
como se chão em chamas:
a poesia me despiu
para explodir com os astros.