OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES (20ª EDIÇÃO) — THEREZA ROCQUE DA MOTTA & CONVIDADOS
8 de outubro de 2019

(Convite da 20ª edição da Ocupação Poética)

(A grande homenageada desta edição — Thereza Rocque da Motta — Foto: Luciana Queiroz)

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*** Projeto Ocupação Poética chega à 20ª edição homenageando a poeta, tradutora e editora Thereza Rocque da Motta ***
 
É com grande alegria que é anunciada a próxima edição da Ocupação Poética, que presta sua homenagem à poesia da paulistana radicada no Rio Thereza Rocque da Motta. Homenagem mais do que justa, pois Thereza, além de exímia poeta e tradutora, é a grande responsável pela Ibis Libris Editora, garantindo a publicação e disseminação da poesia brasileira, com seus títulos e livros sempre muito bem cuidados, da capa à revisão dos textos. Em 2020 a editora fundada por Thereza completa seus 20 anos de atuação no mercado literário.
 
Participam da homenagem grandes amigos e personalidades da nossa literatura: os poetas e professores Igor Fagundes e William Soares Dos Santos, o escritor, ator e poeta Mano Melo, a poeta e ficcionista Carmen Moreno e o jornalista e poeta Tanussi Cardoso.
 
Thereza Christina Rocque da Motta, poeta, editora e tradutora, nasceu em São Paulo, em 1957, e formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, em 1981. Foi chefe de pesquisa do “Guinness Book: O Livro dos Recordes”, coordenadora de pesquisas dos projetos especiais da Editora Três, de 1992 a 1995, e tradutora do escritório de advocacia “Peixoto & Cury”, em São Paulo, até 1999. Publicou, entre outros, “Marco Polo e a Princesa Azul” (2008), “O mais puro amor de Abelardo e Heloísa” (2009), “Futebol e mais nada: um time de poemas” (2010), “A vida dos livros” (2010), “Odysseus & O livro de Pandora” (2012), “Breve anunciação” (2013), “As liras de Marília” (2013), “Capitu” (2014), “Folias e Horizontes” (2014), “Lições de sábado” (2015), “Intemperanças” (2016), “Minha mão contém palavras que não escrevo” e “Pandora” (2017), “Lições de sábado 2”, “A vida dos livros Vol. 2” e “O amor é um tempo selvagem” (2018). Em 2019, lançou seu primeiro livro infantil, “A Fada as Pedrinhas”, com ilustrações de Felipe Trigueiro. Traduziu “Marley & Eu” (2006), “154 Sonetos”, de William Shakespeare (2009), “A cadeira da sereia” (Prestígio, 2005, e Companhia das Letras, 2016), “O Unicórnio e outros poemas”, de Anne Morrow Lindbergh, “O Corvo”, de Edgar Allan Poe, entre outros. É membro da Academia Brasileira de Poesia de Petrópolis e do PEN Clube do Brasil (RJ). Fundou a editora Ibis Libris em 2000.
 
Serviço:
20ª Ocupação Poética – Thereza Rocque da Motta e convidados
Com Paulo Sabino, Carmen Moreno, Igor Fagundes, Mano Melo e Tanussi Cardoso
Dia: 14/10 (segunda-feira)
Horário: 20h
Local: Teatro Cândido Mendes – Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema
Tel infos: (21) 2523-3663
Entrada: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)**
Classificação: 14 anos
** Nomes nos comentários desta publicação garantem a meia-entrada (lista-amiga com os nomes na bilheteria do teatro, no dia do evento)
 
Esperamos vocês!
 
De brinde, um poema, ainda não publicado em livro, da nossa homenageada.
 
Beijo todos!
Paulo Sabino.

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(autora: Thereza Rocque da Motta.)

 

OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES (18ª EDIÇÃO) — ROSALIA MILSZTAJN & CONVIDADOS
4 de junho de 2019

(Convite da 18ª edição da Ocupação Poética — nele não consta o nome do ator e diretor Bruce Gomlevski porque a sua participação foi confirmada depois da confecção do convite)

(A grande homenageada desta edição — Rosalia Milsztajn)
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*** A 18ª edição presta sua homenagem à poesia da carioca Rosalia Milsztajn, com a participação de muitos amigos poetas ***
 
A próxima edição do projeto Ocupação Poética, no dia 10 de junho, a partir das 20h, no Teatro Cândido Mendes de Ipanema, apresentará ao público a poesia da escritora carioca, poeta, médica e psicanalista Rosalia Milsztajn!
 
Para a edição, contamos com a participação dos poetas Christovam de Chevalier, Hélen Queiroz, Tanussi Cardoso, Thereza Rocque da Motta e William Soares Dos Santos e do ator e diretor Bruce Gomlevsky. Uma linda noite, regada a versos, nos aguarda! Para quem não conhece, esta é uma belíssima oportunidade para se emocionar com a poesia desta extraordinária poeta!
 
Rosalia Milsztajn é carioca, escritora, poeta, médica – formada pela UFRJ – e psicanalista. Especializou-se em Literatura Brasileira pela PUC/ RJ. Publicou cinco livros de poesias: “No Azul” (Imago, 1991), “Itgadal – Memória dos Ausentes” (Diadorim, 1997), “Luminosidades” (7Letras, 2000), “Aqui dentro de mim” (Aeroplano, 2003) e “Esse recorte” (Patuá , 2014). Com este último ganhou o Prêmio Pen Clube do Brasil de literatura no ano de 2016. “A história dos seios” (7Letras, 2010), seu primeiro livro de contos, teve grande repercussão, abordando temas como o câncer de mama através de pequenas histórias literárias.
 
Foi idealizadora de alguns eventos de poesia em livrarias do Rio de Janeiro, como o “Saber de Verso”, em que promovia debates entre a poesia e outras áreas dos saberes científico, artístico e religioso. Em 1999, venceu o Prêmio SESC de Poesia do Estado do Rio de Janeiro. Seus poemas já foram publicados em diversas antologias. Possui um blog intitulado “A História dos Seios”.
 
Serviço:
18ª Ocupação Poética – Rosalia Milsztajn e convidados
Com Paulo Sabino, Bruce Gomlevsky, Christovam de Chevalier, Hélen Queiroz, Tanussi Cardoso, Thereza Rocque da Motta e William Soares Dos Santos
Dia: 10/06 (segunda-feira)
Horário: 20h
Local: Teatro Cândido Mendes – Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema
Tel infos: (21) 2523-3663
Entrada: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)**
Classificação: 14 anos
** Nomes nos comentários desta postagem garantem a meia-entrada (lista-amiga com os nomes na bilheteria do teatro no dia do evento)
 
Esperamos vocês!
 
Beijo todos!
Paulo Sabino.
 
(Estou devendo a este espaço publicações sobre outras duas edições do projeto: sobre a 16ª edição, homenagem a Neide Archanjo, uma das maiores poetas brasileiras de todos os tempos, e sobre a 17ª, homenagem a Claudia Roquette-Pinto, outra poeta de primeira grandeza. Neste 2019 eu resolvi que as homenagens são rendidas apenas às poetas mulheres.)

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(do livro: Aqui dentro de mim. autora: Rosalia Milsztajn. editora: Aeroplano.)

 

OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES (15ª EDIÇÃO) — EUCANAÃ FERRAZ & CONVIDADOS
7 de novembro de 2018

(O homenageado desta edição do projeto: o poeta Eucanaã Ferraz)

(Convite)

(Paulo Sabino e Antonio Cicero)

(Eduardo Coelho)

(Bruno Cosentino)

(Capa do livro Hamlet e a lagartixa: uma leitura da poesia de Eucanaã Ferraz, da professora Marlene de Castro Correia)
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Gente poética,
 
Encerrando este 2018, a 15ª edição do projeto Ocupação Poética presta a sua homenagem ao super poeta EUCANAÃ FERRAZ! O Eucanaã, além de ser dono de uma obra linda, é responsável pela antologia de poemas “Veneno antimonotonia – os melhores poemas e canções contra o tédio”, pela reunião de letras das canções do Caetano Veloso, “Letra só”, e da Adriana Calcanhotto, “Pra que é que serve uma canção como essa?”, e pela edição em 2 volumes de toda a obra (música, poesia, prosa e teatro) do Vinicius de Moraes.
 
A noite conta com as participações do poeta, filósofo e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) Antonio Cicero, do cantor e compositor Bruno Cosentino e dos professores Eduardo Coelho e Marlene de Castro Correia. Além da leitura de poemas e apresentação de canções (parcerias do Bruno Cosentino e Eucanaã), haverá o lançamento do livro “Hamlet e a lagartixa: uma leitura da poesia de Eucanaã Ferraz” (editora 7Letras), um ensaio de Marlene de Castro Correia sobre a obra do homenageado.
 
Esperamos vocês!
 
Serviço:
Ocupação Poética – Eucanaã Ferraz e convidados
Com Antonio Cicero, Bruno Cosentino, Eduardo Coelho, Marlene de Castro Correia e Paulo Sabino
12/11 (segunda-feira)
20h
Teatro Cândido Mendes
Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema
Tel: (21) 2523-3663
Entrada: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)*
Classificação: 14 anos
 
*Nomes no comentário desta postagem entram na lista-amiga e garantem a meia-entrada (R$ 10,00)
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(do livro: Escuta. autor: Eucanaã Ferraz. editora: Companhia das Letras.)

 

 

SIMPLES

 

Se você não sai da minha cabeça,
minha cabeça é seu apartamento.
Já você, sendo você, é um chapéu
que uso dentro, como se usa um caroço.
Porque minha cabeça todo o tempo
está em você, suas pernas não saem
da minha cabeça e sinto seus braços
se formarem nos mesmos escaninhos.
Não tenho cabeça para outro assunto,
guarda-chuva chapéu pernas ou versos
que não sejam você. Devia pensar
noutras coisas — alfinetes perdidos,
convicções perdidas praias desertas
ou novas medidas de segurança
para a cena do atirador de facas.
Perdi a cabeça e já não há remédio.
Mas quem havia de a querer no lugar
se seus dedos brotam em meus cabelos?
Você me subiu à cabeça — forças
belezas alegrias me pertencem.
Havia muito sangue na calçada
dizem. Ai, sou um equilibrista em queda
livre. Desempregado. E se giro
por aí com a cabeça no ar
carregando você, minha cabeça
é um balão bailando então. Sim, daqui
a Cordilheira dos Andes é nítida.
Escute, escreverei uma coisa
tão simples assim: você é meu sol.
Porque você me deixa com a cabeça
quente. E sem juízo, imaginando.

TRIBUTO AOS CAMALEÕES — PEDRO BIAL, CLAUFE RODRIGUES & LUIZ PETRY — SESC COPACABANA
13 de julho de 2018

(Paulo Sabino — o novo camaleão da noite do Rio)

(Os Camaleões — os verdadeiros: Pedro Bial, Luiz Petry e Claufe Rodrigues)

(Os Camaleões em cena)

(Na parte de cima, os Camaleões; na parte de baixo, o camaleãozinho)

(Pedro Bial e Paulo Sabino)

(Claufe Rodrigues e Paulo Sabino)

(Paulo Sabino e Luiz Petry)

(O meu exemplar de “O livro dos camaleões” devidamente autografado pelo trio camaleônico)

(A capa de “O livro dos camaleões”)
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Na matéria que o Jornal do Brasil, no seu caderno de cultura (foto), fez sobre o meu trabalho, carinhosamente a jornalista Mônica Riani, na chamada, me intitulou “o novo camaleão da noite do Rio”, numa referência direta aos Camaleões, trio de poetas, formado por Claufe Rodrigues, Pedro Bial e Luiz Petry (foto), que incendiou as noites cariocas na década de 80 com a potência e irreverência dos seus recitais. Depois de 20 anos, os Camaleões voltaram para mais uma apresentação, ocorrida na quinta-feira (12/07), às 20h30, no Sesc Copacabana.
 
Reverberando na memória e no coração a linda e divertida noite de Tributo aos Camaleões.
 
Partilhar uma coisa com vocês: quanta alegria essa relação com a poesia tem me trazido! Quantos encontros felizes, quantos momentos incríveis! São constatações que vão se tornando certezas: o palco, o teatro, a rua, a praça, a palavra escrita, a palavra falada: eis o caminho. O bom disso tudo é que, cada vez mais, tenho me sentido em casa. Valeu demais, Camaleões! O camaleãozinho aqui só faz agradecer.
 
Pra quem não sabe, os Camaleões tinham as suas personalidades camaleônicas, os seus “heterônimos”: Baby The Billy (Claufe Rodrigues), Peter Pane (Pedro Bial) e Patrick Jack, o coiote solitário (Luiz Petry).
 
De brinde a vocês, o poema do livro dos Camaleões que li na apresentação. Poema do Peter Pane.
 
Beijo todos!
Paulo Sabino.

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[de: O livro dos camaleões. autores: Pedro Bial (Peter Pane)/ Claufe Rodrigues (Baby The Billy)/ Luiz Petry (Patrick Jack). editora: Anima.]

 

 

eu poderia fazer versos que embalam
os sonhos de inocência, construir as frases
que incendeiam a adolescência, dizer palavras de
consolo aos solitários, queria me abrir em um milhão de
páginas
plenas de compreensão e doçura.
entrementes, escuto as correntes se arrastando
no andar de cima, a angústia se instala na poltrona em
frente,
as luzes de neon me parecem estranhamente lúgubres,
e a minha alegria se manifesta de uma forma diferente:
rolam lágrimas pela face do homem sentado à máquina
de escrever.

 

PETER PANE

OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES (13ª EDIÇÃO) — TANUSSI CARDOSO & CONVIDADOS
27 de junho de 2018

(Coluna Parada Obrigatória, do jornal O Globo)

(Texto do poeta Luis Turiba, que foi assistir à apresentação)

(Texto da poeta Anna Maria Fernandes, que foi assistir à apresentação)

(Texto do poeta Cláudio Leal Cacau, que foi assistir à apresentação)

(Plateia lotada, quente, divertida – Foto: Luciana Queiroz)

(O idealizador, produtor e curador do projeto, Paulo Sabino – Foto: Luciana Queiroz)

(O poeta Igor Fagundes – Foto: Luciana Queiroz)

(O poeta Jorge Ventura – Foto: Luciana Queiroz)

(A poeta Noélia Ribeiro – Foto: Luciana Queiroz)

(O poeta Christovam de Chevalier – Foto: Luciana Queiroz)

(A poeta Eugenia Henriques – Foto: Luciana Queiroz)

(A poeta Carmen Moreno – Foto: Luciana Queiroz)

(O poeta Cairo Trindade e o homenageado da noite, Tanussi Cardoso – Foto: Luciana Queiroz)

(O poeta Cairo Trindade – Foto: Luciana Queiroz)

(O poeta Mano Melo – Foto: Luciana Queiroz)

(O grande homenageado da noite, o poeta Tanussi Cardoso – Foto: Luciana Queiroz)

(A turma feliz pela noite linda – Foto: Marcelo Ribeiro)

(Os participantes para as fotos finais – Foto: Marcelo Ribeiro)

(Os participantes da 13ª edição da Ocupação Poética, homenagem a Tanussi Cardoso – Foto: Luciana Queiroz)

(O coordenador do projeto, Paulo Sabino, e o homenageado da noite, Tanussi Cardoso – Foto: Rafael Millon)
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Teatro lotado, público quente, muito divertido, participantes pra lá de talentosos, homenageado feliz da vida: foi assim a 13ª edição da Ocupação Poética (18/06), homenagem aos 40 anos de carreira literária do super Tanussi Cardoso!
 
Cada vez que me vem à memória a noite da 13ª edição da Ocupação Poética, homenagem ao Tanussi Cardoso, o coração bate mais forte, o sorriso brota fácil na boca, o amor corre convicto pelo corpo. Acreditem: eu não consegui dormir de segunda (18/06) pra terça (19/06); a energia foi tamanha que a cabeça não desligava. Significa que estava cansado? Sim, muito. Muito obrigado pelo cansaço, muito obrigado pela noite não dormida. Timaço lindo, de tirar o sono! Estava sonhando acordado.
 
Viva a arte dos encontros! Viva a poesia Viva!
 
Quero agradecer imensamente aos administradores do teatro Cândido Mendes de Ipanema, Fernanda Oliveira e Adil Tiscatti; ao técnico de som e luz, no projeto desde a sua 1ª edição, Pedro Thimoteo; à fotógrafa do projeto, a nossa musa das lentes, Luciana Queiroz; à Belmira Comunicação, responsável pela assessoria de imprensa do projeto; a todos os participantes, muito e sempre; ao homenageado, por proporcionar, com a sua poética, momentos mágicos, como a noite de 18 de junho.
 
Faremos uma pausa, por causa do lançamento do meu livro de estreia na poesia, Um para dentro todo exterior, nos meses de julho e agosto, e retornamos em setembro.
 
Aos interessados, um poema, do homenageado, que tive a alegria e o prazer de ler na apresentação, poema emocionado e sofisticado como quem o confeccionou.
 
Beijo todos!
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(Do livro: Exercício do olhar. autor: Tanussi Cardoso. editora: Five Star.)
 
 
 
COMO SE NÃO FOSSE ADEUS
 
 
 
a vida se vai como o gelo se desfaz:
lento, frio, queimando as mãos.
nem as baratas me comovem mais.
nem as moscas. nem os cães.
 
(dentro de mim,
a família é um osso a estalar.)
 
pergunto se o cego que vê Deus
enxergará.
debaixo do seu peso insustentável
o amor não responde.
 
sonhei ser belo como os italianos
e, espantalho,
meu corpo se deteriora com o vento.
 
o verso e seu silêncio não me salvam.
e por mais que tente
sou menor que minha esperança.
 
entretanto, não quero escrever sobre paredes.
paredes não sangram.

OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES (12ª EDIÇÃO) — MANO MELO & CONVIDADOS
28 de abril de 2018

(Todas as fotos: Luciana Queiroz)

(A plateia que encheu o teatro Cândido Mendes de Ipanema)

(O coordenador, idealizador & produtor do projeto — Paulo Sabino)

(O ator Igor Cotrim)

(A escritora & cantora Mônica Montone)

(O poeta & jornalista Claufe Rodrigues)

(A poeta Marisa Vieira)

(O poeta & compositor Tavinho Paes)

(O poeta & jornalista Luis Turiba)

(A atriz Geovana Pires)

(O grande homenageado da noite & seu parceiro de canções — Mano Melo & Mu Chebabi)

(O grande homenageado da noite — Mano Melo)

(Participantes + homenageado)

(Paulo Sabino + Mano Melo)
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Que noite divertida!

Segunda-feira, 16 de abril, na 12ª edição da Ocupação Poética, no Teatro Cândido Mendes de Ipanema (fotos acima), o que mais se viu, no público que encheu o espaço & nos participantes, foi uma farta distribuição de sorrisos & risadas. Que maravilha! Que noite leve & lírica a homenagem ao grande poeta & ator Mano Melo!

As apresentações dos poemas foram fantásticas, os convidados arrebentaram! Saímos todos — público, homenageado & participantes — felizes da vida. Agradecer demais ao Mano pela sua poesia, que tanto inspira e comove, por fazer parte do projeto. Agradecer aos participantes, porque sem vocês não haveria a menor graça: Igor Cotrim, Luis Turiba, Mônica Montone, Claufe Rodrigues, Marisa Vieira, Tavinho Paes, Geovana Pires & Mu Chebabi.

Agradecer à nossa fotógrafa poderosa, Luciana Queiroz, os cliques maravilhosos.

Agradecer à equipe do teatro & aos administradores Adil Tiscatti & Fernanda Oliveira.

Agradecer à Belmira Comunicação a assessoria de imprensa.

Agradecer às pessoas presentes, por fazerem da noite uma noite feliz, que guardarei pra sempre na memória.

O que nos ficou deste momento, como uma espécie de lição: que, apesar dos prejuízos, nada vai apagar nossos sorrisos!

Salve Mano Melo!
Salve a sua poesia!

Aproveito para informar que temos a data da próxima edição da Ocupação Poética (a 13ª): 18 de junho. Salvem o dia! Aguardem maiores informações.

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do livro: Poemas do amor eterno. autor: Mano Melo. editora: Cangaceiro Elétrico.)

 

 

NADA VAI APAGAR MEU SORRISO

 

Podem ameaçar com as bombas e morteiros
da Marinha americana,
podem roubar meu dinheiro
e chamar os hômes pra me levar em cana.
Nem que as vacas tussam e as porcas torçam seus rabos,
nem que eu seja atacado por mil cachorros brabos,
mesmo que me acusem de tudo que é heresia
e arranquem meu dente de siso
sem anestesia,
nada vai apagar meu sorriso.

Podem ameaçar com o Armageddon
e as trombetas do Juízo Final.
Podem pintar o mar de marrom
e botar dez mil crianças assaltando no sinal,
podem parar o mundo e apagar a luz,
abrir a caixa dos pregos e me pregar na cruz,
podem rodar a baiana, podem soltar a franga,
bordar tudo mais feio que o cão chupando manga,
destruir a ferro e fogo os frutos do paraíso,
nada vai apagar meu sorriso.

Podem sujar a atmosfera
até fazer doloroso o ato de respirar.
Podem abrir a jaula e soltar a besta-fera
com sua boca horrenda para me devorar,
perfurar meus olhos com setas envenenadas
até que fiquem cegos,
me fechar no escuro junto com morcegos,
ratazanas e baratas aladas,
sem nenhum sinal ou prévio aviso,
nada vai apagar meu sorriso.
Entre os campos de batalha dessa guerra infame,
busco trocar amor com quem também me ame.
E sei que a maioria das pessoas são pessoas decentes,
gente do bem trabalhando para criar filhos
e passar sua herança de conhecimentos.
Por isso, quando o trem parece correr fora dos trilhos
e o dragão ameaça cuspir fogo pelas ventas,
eu sei que tudo na vida tem uma explicação
e que existem razões que são estranhas à própria razão.
Não importa as teias que a aranha teça,
a gente tem que se cuidar  pra não virar presa.
Se a aranha tá a fim de te jantar,
você não pode permanecer passivo.
Não apenas navegar, viver também é preciso.
Eu fico mais forte quando penso nisso:
nada vai apagar meu sorriso.

NÉLIDA PIÑON ENTREVISTA PAULO SABINO — PROGRAMA PRÓXIMA PÁGINA
30 de novembro de 2017

(Paulo Sabino e Nélida Piñon preparando-se para a gravação)

(No Espaço Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras)

(Passeando com Nélida pela Academia Brasileira de Letras)

(No teatro Raimundo Magalhães Júnior, da Academia Brasileira de Letras)

(Paulo Sabino e Nélida Piñon com a talentosa e querida equipe do programa Próxima Página)
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Meu coração não contenta! Imagine-se recebendo uma ligação em que a pessoa do outro lado da linha te convida pra participar de um programa de entrevistas cuja dinâmica é a seguinte: o entrevistado de um episódio vira o entrevistador do próximo episódio. Pois bem, o convite foi pra que eu fosse o entrevistado. Querem saber quem foi a minha entrevistadora? É só olhar as fotos que seguem… Sim sim sim, fui entrevistado pela grande dama da literatura brasileira Nélida Piñon!

A nova série audiovisual da MultiRio, empresa de mídia educativa e cultural do município do Rio de Janeiro, reúne personagens, como a escritora Nélida Piñon, em torno de um tema comum: a paixão pelos livros. Para o programa, intitulado “Próxima página”, eu tive o grande prazer de ser entrevistado por ela, pela grande dama da literatura, na sua “casa”, a Academia Brasileira de Letras (ABL). Uma alegria e uma honra! Os programas mostram bate-papos entre pessoas apaixonadas pela literatura e que trazem à tona as diversas maneiras de entrar nesse mundo e vivenciar a leitura. O lançamento da nova produção aconteceu agorinha, neste final de novembro.

No programa, falo sobre a minha origem poética, os primeiros passos, sobre a nossa formação cultural e lingüística, sobre Machado de Assis, sobre Paulo Leminski, sobre Luis Turiba, sobre Maria Bethânia, sobre Fernando Pessoa, sobre Castro Alves, sobre o meu projeto “Ocupação Poética” e muitas outras coisas. 12 minutinhos, assistam porque tá muito bacana! Uma alegria que levarei para sempre porque não é todo dia que conto com uma entrevistadora deste quilate!

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do site: Youtube. programa: Próxima Página. Nélida Piñon entrevista Paulo Sabino. local: Academia Brasileira de Letras — ABL. direção: Denise Moraes. produção e realização: MultiRio.)

 

ARS POÉTICA   (autor: Paulo Sabino)

 

 

marcar o papel a palavra
fogo
coisa que queime,
que permita combustão

rasgar a folha a metáfora
faca
coisa que corte,
que sangre emoção

lamber a linha a imagem
língua
coisa que arrepie,
que concentre tesão

molhar o branco a figura
água
coisa que inunde,
que contemple imensidão

OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES (10ª EDIÇÃO) — RICARDO SILVESTRIN E CONVIDADOS — O EVENTO, FOTOS, MATÉRIA & POEMA
15 de setembro de 2017

(O convite da 10ª edição do projeto Ocupação Poética — homenagem ao poeta e compositor gaúcho Ricardo Silvestrin)

(Casa cheia, público quente, que abraçou a divertida e sagaz e direta e sofisticada poesia do homenageado da noite — Foto: Luciana Queiroz)

(Casa cheia, público quente, que abraçou a divertida e sagaz e direta e sofisticada poesia do homenageado da noite — Foto: Luciana Queiroz)

(O coordenador do projeto, Paulo Sabino — Foto: Luciana Queiroz)

(O coordenador apresentando o homenageado, Ricardo Silvestrin — Foto: Luciana Queiroz)

(Ricardo Silvestrin em ação — Foto: Luciana Queiroz)

(O homenageado, mostrando o seu lado compositor, acompanhado do violonista André Barros — Foto: Luciana Queiroz)

(Antonio Carlos Secchin — Foto: Luciana Queiroz)

,

(Foto: Luciana Queiroz)

(Antonio Cicero — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Luis Turiba — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Noélia Ribeiro — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Leoni — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Eduardo Tornaghi — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Tavinho Paes — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Mano Melo — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Salgado Maranhão — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Encerrando a noite, o homenageado — Foto: Luciana Queiroz)

(Ricardo Silvestrin e Kleiton Ramil — Foto: Luciana Queiroz)

(A turma toda nos agradecimentos finais; da esquerda pra direita: Kleiton Ramil, Ricardo Silvestrin, Eduardo Tornaghi, Mano Melo, Salgado Maranhão, Tavinho Paes, Noélia Ribeiro, Luis Turiba, Antonio Carlos Secchin, Antonio Cicero, Leoni, Paulo Sabino e André Barros — Foto: Luca Andrade)

(Destaque na coluna “Gente Boa”, do carderno cultural do jornal O Globo, a 10ª edição do projeto Ocupação Poética — Fotos: Marcos Ramos)

(Destaque na coluna “Gente Boa”, do carderno cultural do jornal O Globo — Fotos: Marcos Ramos)

(Destaque na coluna “Gente Boa”, do carderno cultural do jornal O Globo, a 10ª edição do projeto Ocupação Poética — Fotos: Marcos Ramos)
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Foi lindo! Que momento, que vivência!

A cada noite como a que tivemos, na 10ª edição do projeto Ocupação Poética no teatro Cândido Mendes de Ipanema, ocorrida na segunda-feira (11/09), em homenagem ao grande poeta e letrista e cantor gaúcho Ricardo Silvestrin, o coração só faz transbordar alegria e fé na poesia, no que ela pode de afeto, de alcance, de projeção. Tá faltando Poesia no cardápio nosso de cada dia! No que depender de mim, tendo sempre esta turma da pesada juntinho de mim (porque não acredito, mesmo!, que ninguém é nada sozinho), a Poesia vem gostosa, como o prato principal de todos nós. Que assim seja!

O meu muito obrigado a todos os participantes: Antonio Cicero, Antonio Carlos Secchin, Eduardo Tornaghi, Salgado Maranhão, Tavinho Paes, Noélia Ribeiro, Leoni, Luis Turiba, Kleiton Ramil, Mano Melo; e ao público, quente, risonho e festivo. O público abraçou a bela e sagaz e direta e sofisticada poesia do Silvestrin. Uma alegria imensa. Gente que encomendou livro em site pós evento. Lindo de saber. E vamo que vamo!  Valeu demais!

Aos interessados, deixo, na íntegra, o poema que fez sucesso na voz do cantor e compositor Leoni e que foi citado (ver fotos acima) na matéria jornalística.

Dia 13 de novembro acontece a 11ª edição do projeto. Mais à frente, maiores informações.

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do livro: Metal. autor: Ricardo Silvestrin. editora: Artes e Ofícios.)

 

 

deus descansou
e esse foi o seu vacilo
achou que o jogo estava ganho
e o mundo então deu naquilo
deus lavou as mãos
disse se virem
já fiz a minha parte
pensam que é mole
tirar um mundo da cartola
se querem perfeito
nada feito
tô fora
e se foi pelo infinito
sem dar ouvidos
aos gritos
de deus do céu
deus nos proteja
deus nosso senhor
onde anda
por hoje o criador
pelo universo
de banda
gozando a aposentadoria
que ganhou em sete dias
fez um mundo imperfeito
mas bate no peito
e diz
se não gostarem
façam outro
devolução não aceito
já fiz o homem
à minha imagem e semelhança
pra continuar
no meu lugar
a lambança

OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES (9ª EDIÇÃO) — ABEL SILVA E CONVIDADOS — O EVENTO & FOTOS
19 de maio de 2017

(Antes do início da apresentação, enquanto o público que não lotou, mas abarrotou a casa, se acomodava — Foto: Elena Moccagatta)

(O coordenador do projeto, Paulo Sabino — Foto: Chico Lobo)

(Foto: Rafael Roesler Millon)

(Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(Paulo Sabino e Antonio Cicero — Foto: Elena Moccagatta)

(Antonio Cicero — Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(Antonio Cicero e Tessy Callado — Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(Tessy Callado — Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(Christovam de Chevalier — Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(Elisa Lucinda — Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(André Trindade Silva — Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(O grande homenageado da noite, o poeta e letrista Abel Silva — Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(Abel Silva e Zé Carlos — Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(Um dos grandes parceiros do homenageado, Geraldo Azevedo — Foto: Elena Moccagatta)

(Foto: Elena Moccagatta)

(Os participantes + o homenageado + o poeta-compositor Ronaldo Bastos, um dos ilustres da platéia — da esquerda para a direita: Paulo Sabino, Christovam de Chevalier, André Trindade Silva, Abel Silva, Elisa Lucinda, Zé Carlos, Antonio Cicero, Tessy Callado, Ronaldo Bastos e Geraldo Azevedo — Foto: Rafael Millon)

(Da esquerda para a direita: Paulo Sabino, Christovam de Chevalier, André Trindade Silva, Abel Silva, Elisa Lucinda, Zé Carlos e Antonio Cicero — Foto: Elena Moccagatta)

(Da esquerda para a direita: Abel Silva, Elisa Lucinda, Zé Carlos, Antonio Cicero, Tessy Callado, Ronaldo Bastos e Geraldo Azevedo — Foto: Elena Moccagatta)

(Após o evento: Geraldo Azevedo e Elisa Lucinda — Foto: Elena Moccagatta)

(Elisa Lucinda, Tessy Callado, Paulo Sabino e Christovam de Chevalier — Foto: Rafael Millon)

(Geraldo Azevedo e Paulo Sabino — Foto: Elena Moccagatta)

(Paulo Sabino, Geraldo Azevedo e Abel Silva — Foto: Elena Moccagatta)

(Paulo Sabino, Geraldo Azevedo, Abel Silva e Elisa Lucinda — Foto: Elena Moccagatta)

(Matéria de página inteira na revista “Zona Sul” do jornal “O Globo”)

(Destaque na página do “Rio Show”, caderno cultural do jornal “O Globo”)

(Destaque na coluna “Gente Boa”, caderno cultural do jornal “O Globo”)
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Caramba, caramba, caramba! Até agora meio zonzo, meio astronauta, depois da noite de 15 de maio, segunda-feira, na 9ª edição do projeto Ocupação Poética, no teatro Cândido Mendes de Ipanema, em homenagem ao poeta e letrista da música popular brasileira Abel Silva.

A casa não estava lotada; estava abarrotada de gente. Público quente, participativo, generoso, interessado e muito querido. Tanta coisa, tanta coisa, que nem sei… Agora, aqui no peito, só agradecimento e contentamento. A única coisa que desejo é produzir a próxima Ocupação Poética o mais rápido possível! Quero mais! Preciso de mais! Valeu por tudo!

Agradecer demais a todos que tornam possível este acontecimento que me é tão feliz: aos administradores do espaço, Fernanda Oliveira e Adil Tiscatti; ao meu super assessor de imprensa, que consegue nos colocar nos melhores espaços da mídia (jornais, rádios, sites), Rafael Millon; à fotógrafa do projeto, a querida Elena Moccagatta; ao artista plástico Chico Lobo, por fazer sempre as camisetas que utilizo nos meus projetos; ao técnico de som e luz, Pedro Paulo Thimoteo; a toda equipe do teatro; aos queridos e super participantes: Christovam de Chevalier, André Trindade Silva, Elisa Lucinda, Zé Carlos, Antonio Cicero, Tessy Callado e Geraldo Azevedo; ao grande homenageado da noite, o poeta, letrista e querido amigo Abel Silva. Ao público, que lotou a casa para nos prestigiar e prestigiar a poesia.

A vocês, de presente, um poema que, por problema de esquecimento do livro, não pôde ser lido na noite por mim.
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não é à base de instrumentos e ferramentas que demandem força, dor, susto, brutalidade, que armo a minha mão à feitura do poema. à feitura do poema, armo a minha mão a toque singelo, toque suave, delicado — um sopro de maresia, um susto de lucidez e luz no silêncio. pois é justamente o toque delicado, suave, singelo — um sopro de maresia, um susto de lucidez e luz no silêncio — que faz cantar na travessia, que é a nossa passagem pelo mundo, aquilo que é mudo, aquilo que não fala, que não diz, aquilo que apenas cala: o mundo, a realidade que nos cerca: a planta, o bicho, a água, a pedra, nenhum elemento natural nos diz, nos responde, nada sobre a existência, nada sobre o estar no mundo. ainda assim, cantamos — em verso e prosa — a existência, cantamos o mundo em poesia, crônica, conto, romance. eis a magia da palavra.

beijo todos!
paulo sabino.
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(do livro: poemAteu. autor: Abel Silva. editora: 7Letras.)

 

 

NASCIMENTO DO POEMA

 

Não é a esmeril
serrote ou formão
que armo a minha mão
à espera da poesia

nem a fórceps como nasci
placento de pavor
pra luz daquele dia

mas a toque singelo
sopro de maresia
susto no silêncio

que faz a ponte pênsil
do mudo em seu flagelo
cantar na travessia

OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES (9ª EDIÇÃO) — ABEL SILVA E CONVIDADOS
9 de maio de 2017

(O convite para a próxima edição do projeto)

(O homenageado desta edição — Abel Silva)

(Antonio Cicero)

(Geraldo Azevedo)

(Tessy Callado)

(Paulo Sabino e Christovam de Chevalier)

(Elisa Lucinda e Paulo Sabino)

(André Trindade Silva)
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“Conheço há bastante tempo o blog do Paulo Sabino e acompanho o entusiasmo, a competência e o conhecimento que ele tem das atividades literárias e musicais. Estou feliz em participar de um encontro com leitores e colegas poetas e compositores, num evento de respeito e amor pela literatura e pela música popular brasileira. Espero que haja surpresas com a presença de parceiros e amigos e dos desconhecidos que passarão a ser conhecidos.”

(Abel Silva)

 

 

Dia 15 de maio (segunda-feira), a partir das 20h, acontece a 9ª edição do projeto OCUPAÇÃO POÉTICA no teatro Cândido Mendes de Ipanema, que tem o prazer de receber como homenageado o grande poeta e letrista da música popular brasileira ABEL SILVA!

O Abel Silva, pra quem não sabe, é o letrista responsável por clássicos do nosso cancioneiro como “Festa do Interior” (música do Moraes Moreira e grande sucesso na voz da Gal Costa), “Simples Carinho” (música do João Donato e grande sucesso na voz da Ângela Ro Ro), “Quando o amor acontece” (música do João Bosco e sucesso na voz do próprio João), “Jura Secreta” (música da Sueli Costa e um super hit na voz da Simone), entre outros.

Na noite, leitura dos seus poemas além de algumas canções deste requintado poeta-compositor que serão apresentadas ao violão. Guardamos uma surpresinha pro público!

Para esta 9ª edição, a alegria de receber este timaço na homenagem ao Abel Silva:

– o filósofo, poeta e letrista ANTONIO CICERO (foto);
– o cantor e compositor GERALDO AZEVEDO (foto);
– a atriz, escritora e jornalista TESSY CALLADO (foto);
– o poeta e jornalista CHRISTOVAM DE CHEVALIER (foto);
– a poeta, atriz, cantora e dramaturga ELISA LUCINDA (foto);
– o violonista ANDRÉ TRINDADE SILVA (foto);
– o poeta e coordenador do projeto, PAULO SABINO (foto);
– e, é claro, o grande homenageado da noite, ABEL SILVA (foto).

Aguardamos vocês para esta festa de poesia e música!

SERVIÇO:
Ocupação Poética (9ª edição)
Coordenação: Paulo Sabino
Participantes: Abel Silva e convidados especiais
Teatro Cândido Mendes
Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema
Tel: (21) 2523-3663
Data: 15/05 SEGUNDA-FEIRA
Horário: 20h
Entrada: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)***
Vendas antecipadas na bilheteria
Classificação livre
Link do evento no Facebook: http://www.facebook.com/events/1824165584571094/
*** Deixe o seu nome nos “comentários” desta publicação e pague meia entrada (R$ 10,00)

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(do livro: O gosto dos dias. autor: Abel Silva. editora: 7Letras.)

 

 

 

O GOSTO DOS DIAS

 

O tempo confere
o gosto dos dias
o tempo apura
o açúcar e o sal,
e remedia
o que não tem remédio
e lambe ou cura
a ferida a cal.

O tempo não tira
de mim um pedaço
mas soma e acresce
o que cabe a mim,
o tempo abastece
o que sou e o que faço
e vem sempre comigo
que me levo a pé.

O rumo, presumo,
segue indecifrado
às vezes labirinto
outras, avenida,
atento às pedras
e aos pedágios da vida,
a pouca bagagem
seu peso não sinto,
e o fim do caminho
não sei quando é.