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Um brinde, tim-tim!
Coisa bonita, bacana!
Eis que o WordPress, site que gerencia o PEmP (Prosa Em Poema), me enviou um relatório no dia 08/11 (quinta-feira), informando que a página, em 3 anos 3 meses & 2 dias de existência, atingiu a marca das mais de 100 mil visualizações!
O último relatório, que é o de hoje (12/11), informa que, 4 dias depois das 100 mil visitas, o Prosa Em Poema já alcançou as 101.148 visitações!
E o impressionante é que o número de visualizações por dia não pára de crescer! Isso é o máximo! Sinal de que a poesia preenche tempo & espaço, e assim o faz de forma fascinante, encantada!
Bom poder compartilhar, com tanta gente, algo de tão alto valor à minha existência! Bom contar com uma turma de pessoas que comparte o mesmo pão! Maravilha!
Aos senhores, em comemoração, estes dois regalos: aforismos do sofisticadíssimo poeta Antonio Carlos Secchin sobre:
a poesia:
a poesia representa a fulguração da desordem, a poesia representa o clarão, representa o brilho intenso, da desordem (a desordem: a ausência de organização, o desvario, a incoerência: a existência: aquilo que não podemos explicar ou entender).
A poesia representa o mau caminho do bom senso, a poesia representa o pedaço de mau caminho do bom senso (pois a poesia descarrilha, descaminha, embaralha, a poesia nos tira os eixos), quando nos propõe seus jogos lingüísticos, aguçando percepções, afiando os sentidos.
A poesia representa o sangramento inestancável da linguagem, sangramento que não se pode deter, sangramento inesgotável, da linguagem. Na poesia, a linguagem sangra sem parar, tantos os achados & sentidos & verificações sugados das veias & artérias dos versos, linhas pulsantes, linhas cheias de vida, cheias de significações.
A poesia nada promete além de rituais para deus nenhum, pois o deus da poesia é a liberdade. Nada mais. Os rituais a serem cumpridos estão todos relacionados a esse deus da poesia, o deus “Liberdade”, liberdade que lhe garante ser o que bem entender.
A poesia é igualmente um espaço de sombras, pois o espaço da poesia, sobretudo, é um espaço de dúvidas, de incertezas, de verificação das nossas ignorâncias, de constatação da nossa pequenez nas malfadadas tentativas de apreensão do que nos cerca.
A poesia é a tentativa de perceber o escuro — isto é: a tentativa de perceber o que não é claro, o que não se dá nítido: o que nos cerca — no escuro, isto é, na imensa ignorância em que estamos mergulhados.
Se a poesia é noturna (afinal, a poesia é igualmente um espaço de sombras, pois o espaço da poesia, sobretudo, é um espaço de dúvidas, de incertezas, de verificação das nossas ignorâncias), o poeta não deixa de ser um iluminado. Mesmo que, no caso do poeta, se possa dizer: um iluminado de sombras.
Continuemos juntos nesta esplêndida estrada que nos constrói a arte poética!
Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do livro: Todos os ventos. autor: Antonio Carlos Secchin. editora: Nova Fronteira.)
A poesia representa a fulguração da desordem, o mau caminho do bom senso, o sangramento inestancável da linguagem, não prometendo nada além de rituais para deus nenhum.
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A poesia é igualmente um espaço de sombras, tentativa de perceber o escuro no escuro. Se a poesia é noturna, o poeta, para Emílio Moura, não deixa de ser um iluminado. Mesmo que, no seu caso, se possa dizer: um iluminado de sombras.
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