_____________________________________________________________________________________________
todas as guerras são estúpidas.
todas.
todas as guerras são estúpidas: as púnicas, isto é, as geradas por causa de deslealdades, como também as guerras “santas”(?), as urbanas (quando milícias do estado matam pobres nas favelas, sistematicamente), e as contra “o terror”.
o real teor do terror é haver guerras no mundo.
guerras: diabólicas, todas. mesmo as de libertação.
guerras, o que significa: armas, tiros, bombas, pessoas, como eu, como você, mortas, pessoas, como eu, como você, psicologicamente afetadas, perturbadas, e a favor de quem? em prol do quê?
vejamos onde chegamos com tantas guerras, vejamos o estágio em que estamos, o estágio em que o mundo está, vejamos os resultados para os perdedores & para os “vencedores” das guerras travadas mundo afora. (no fundo, acho que todos saem perdendo, e muito.)
todas as guerras são estúpidas.
as guerras me causam assombros.
às vezes, pequenos grandes terremotos ocorrem do lado esquerdo do meu peito.
(fora, ninguém se dá conta.)
o paulo sabino volta a sua atenção ao bem-estar existencial. porém, o caminho ao bem-estar existencial contém as suas durezas, as suas dificuldades, as suas fatalidades, o caminho ao bem-estar existencial contém as suas asperezas, contém sentimentos alquebrados, prostrados, fatigados.
no caminho para o bem-estar existencial há vários esmagamentos.
(a vida me causa permanente assombro.)
o grande barato, e mistério, é descobrir como “existir”, e, no existir, como bem viver apesar dos pesares.
possuo várias “torres imaginárias” que me auxiliam no cuidado com este meu império sem território a que chamamos: corpo.
a poesia, talvez, seja a maior das minhas “torres imaginárias”, torres que servem de proteção ao meu império a que chamamos: corpo, contra os infortúnios mundanos.
vamos pensar nelas, nas “torres”, com atenção & carinho, e tratar de erguê-las para que o império sem território, que é onde cabemos, não entre em guerra com o entorno nem tampouco com o próprio império.
o império em briga com o próprio império gera a auto-ruína.
lembrem-se: todas as guerras são estúpidas.
beijo todos!
paulo sabino.
_____________________________________________________________________________________________
[do livro: O lado esquerdo do meu peito (livro de aprendizagens). autor: Affonso Romano de Sant’Anna. editora: Rocco.]
GUERRAS
Todas as guerras são estúpidas,
não só as púnicas.
Todas as guerras são estúpidas,
inclusive a Guerra das Rosas
e seu despudorado mau cheiro.
Todas as guerras são estúpidas
mesmo as de libertação.
Todas as guerras são estúpidas
e os estrategistas, que se crêem cientistas,
são geômetras
— da estupidez.
ASSOMBROS
Às vezes, pequenos grandes terremotos
ocorrem do lado esquerdo do meu peito.
Fora, não se dão conta os desatentos.
Entre a aorta e a omoplata rolam
alquebrados sentimentos.
Entre as vértebras e as costelas
há vários esmagamentos.
Os mais íntimos
já me viram remexendo escombros.
Em mim há algo imóvel e soterrado
em permanente assombro.
Paulinho bonitinho!
Que prazer te ter como amigo.. E que prazer ler os seus textos!
Beijo inteiro!! Varios.. 🙂
Margot, mon chéri,
Bom mesmo é contar com a sua presença aqui & fora daqui, contar com a sua presença SEMPRE!
Beijo beijo beijo beijO! 🙂
Querido amigo, a guerra é espúria e somos puros, não somos guerra. Somos paz edificada em nossa mais pura essência!!
Uma lembrança pra vc de uma aprendizado que tive:
Homenagem a uma irmã-amiga-instrutora:
Há alguns anos, um dia, em aula, ela nos contou sobre a inofensividade e paz entre os homens.
Eu posso, eu consigo escutá-la dizendo:
“Vamos ouvir com inofensividade
Vamos falar com inofensividade
Vamos ver com inofensividade”
E eu, afoita dentro da minha ansiedade de saber e tentar resolver, disse: — Então, quer dizer que se alguém nos persegue, nos puxa o tapete, no trabalho, por exemplo, temos que aturar isto com inofensividade?
E ela, com a sabedoria que sempre lhe foi peculiar, respondeu:
“— Eu disse para agirmos com inofensividade eu não disse para sermos bobos! O mundo é permeado por coisas que pensamos, sentimos e fazemos…. mesmo assim não custa tentar e praticar…. emanem sentimentos de amor… encham seus corações de uma luz rosa-dourado e doe a este ser, que, sem sombra de dúvidas, precisa de mais ajuda que vc.”
Valzinha, minha QUERIDA companheira de jornadas,
Eu tive o PRAZER de ouvi-la dizer estas lindas palavras postadas aqui, palavras que me trazem muita alegria & uma satisfação enorme!
Que bom que estamos juntos, porque juntos, e unidos, podemos MAIS!
Beijo, minha riqueza! E vamos que vamos!
Paulo, todas as guerras são estúpidas sim e entro aqui para reler e te deixar um abraço e desejo de bom de semana e também deixo um dizer de Pessoa do Livro do Desassossego: “A força sem destreza é uma simples massa..
Bem, cuidemos de nossa subjetividade!!
carinho sempre, beijos..
Carmen.
Beijo GRANDE, Carmen querida!
É sempre um PRAZER tê-la aqui!